Segunda, 20 de novembro de 2000, 12h35min
Atualizada às 13h49
Os cerca de mil funcionários do Banespa que fizeram manifestação hoje (20) no centro de São Paulo aprovaram, em assembléia realizada na quadra do sindicato dos funcionários do banco, o calendário de protestos contra a privatização. Entre outras coisas, o calendário prevê nova assembléia na quinta-feira(24), quando deve ser decidida a data de greve por tempo indeterminado. A princípio, a greve começaria no dia 28.

Amanhã já entra em vigor o calendário de manifestações. Está previsto para esta terça-feira o primeiro contato com a direção do novo controlador do Banespa, o Banco Santander. Os funcionários do banco recém-privatizado devem exigir garantia de emprego, manutenção da rede de agências, manutenção da Banesprev (fundo de pensão dos funcionários do Banespa), da Cabesp (plano de saúde dos funcionários) e dos aposentados com menos de 75 anos.

Além disso, a partir de amanhã as agências começam a funcionar com atraso. A abertura será feita amanhã às 10h15; na quarta-feira, às 10h30; na quinta, às 10h45; e, na sexta, às 11 horas.

O presidente do Sindicato dos Funcionários do Banespa, João Vaccari Neto, disse que ainda não está definido quanto tempo os funcionários exigirão de garantia do emprego. Vaccari disse que pode não haver demissões. "O Banespa tem muitos estagiários e o Santander vai precisar de funcionários."

Ele afirmou que a venda do banco foi realizada depois de um acerto entre os compradores. "Por que o Itaú não concorreu? Por que o Bradesco apresentou preço mínimo? Por que o Unibanco apresentou proposta baixa? Isso foi um acerto para o Banespa ser vendido para um banco internacional."

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Agência Estado

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