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Santander torna-se o terceiro maior banco privado do Brasil

Segunda, 20 de novembro de 2000, 14h22min
O espanhol Banco Santander Central Hispano (BSCH) adquiriu esta segunda-feira por R$ 7,050 bilhões (US$ 3,7 bilhões) o controle acionário do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), o que o transforma na terceira entidade bancária privada do Brasil.

O grupo financeiro espanhol ofereceu uma quantia recorde deste leilão público realizado na bolsa do Rio de Janeiro, muito acima do preço mínimo (US$ 973 milhões) e das ofertas dos outros dois participantes, os brasileiros Bradesco e Unibanco.

Com isso, o Banco Santander passa a deter 30% do capital social da empresa, ou seja, 11,232 bilhões de ações, o equivalente a 60% do títulos com direito a voto. O Bradesco, primeiro banco privado do Brasil e favorito neste leilão, ofereceu US$ 980 milhões, e o Unibanco US$ 1,1 bilhão.

"O BSCH mostrou sua confiança no futuro e na estabilidade do sistema financeiro brasileiro. Esta compra confirma nossa liderança na América Latina (...) A partir de hoje, a experiência do Banespa se unirá à solidez do grupo Santander", declarou Marciel Portela, responsável do BSCH na América Latina.

O Banco Santander, presente em 12 países da América Latina onde tem um total de 22 milhões de clientes, tem ativos no Brasil de US$ 14,470 bilhões (sem contar o Banespa), mais de 500 agências e 5.000 funcionários.

Em dez minutos de leilão, acabou-se a batalha legal para impedir a privatização do Banespa, que começou em 1994.

Desde que no último 5 de janeiro, quando foram tornados públicos os requisitivos para a venda de 33% de suas ações, o processo de privatização do sexto banco brasileiro sofreu recursos judiciais impostos em sua maioria pelo Sindicato dos Bancários de São paulo, que conseguiram adiar sua venda em diversas ocasiões. O último obstáculo legal foi eliminado no sábado passado.

O preço do total das ações do Banespa, fixado em R$ 5,843 bilhões (US$ 3,075 bilhões de dólares) também provocou polêmica já que segundo estudos privados deveria ser o dobro, 6,3 bilhões de ações.

Por tudo isso, esta segunda-feira, uma centena de manifestantes desse sindicato, membros da Central Única de Trabalhadores da entidade manifastaram na entrada da Bolsa de Valores do Rio. Como declararam, ainda acreditam que o leilão seja invalidado por um recurso legal que apresentarão esta semana. Um total de 1.200 policiais do batalhão antichoque cercaram o prédio para evitar qualquer problema de alteração da ordem.

Para a diretoria do Banco Central, a venda foi um sucesso já que o valor oferecido pelo Banco Santander registrou um ágio (diferença entre o preço mínimo e o de aquisição) de 281,02%. A bolsa de São Paulo reagiu positivamente e abriu em alta (+0,39%), enquanto que o dólar registrava uma queda de cerca de 2% frente ao real, em relação a sexta-feira, na abertura do mercado cambiário.

"Privatizar o Banespa era a única forma de garantir um futuro brilhante para o banco, a economia paulista e a de todo o Brasil. A sociedade sairá ganhando", assegurou depois da venda Armínio Fraga, presidente do Banco Central. No entanto, uma pesquisa de opinião demonstrou que 63% da população de São Paulo eram contra a privatização.

Os compradores, os únicos estrangeiros presentes a esse leilão, asseguraram que pagaram um preço que consideravam justo, que será entregue em reais no próximo 27 de novembro. Os representantes do BSCH esclareceram que o Banco Central espanhol não lhes aconselhou ser prudentes na hora de aumentar sua presença no Brasil nem agir modestamente no leilão de hoje.

Também asseguraram que a "marca Banespa continuará existindo como tal" e os funcionários, que estiveram em greve na semana passada, não precisam temer pelo desemprego.

"É um banco com uma tradição importantíssima no Brasil, o nome Banespa não vai desaparecer, será apenas uma entidade mais forte, com menores serviços. Não gastamos esse dinheiro para fechar agências, ao contrário, o BSCH quer crescer com o Banespa", declarou o presidente do Banco Santander no Brasil, Gabriel Jaramillo.

Fundado em 1909, o Banespa tem R$ 28,680 bilhões em ativos totais (US$ 15 bilhões), mais de 1.300 agências, 21.000 funcionários e 2,8 milhões de clientes.

Segundo Fraga, esta foi a última oportunidade para os bancos que queriam ficar entre os seis maiores do Brasil. Neste país, os bancos estrangeiros detém 10% do setor, os públicos 54% e os privados nacionais 36%.

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