Segunda, 20 de novembro de 2000, 19h33min
Os 300 funcionários da três agências e 20 postos bancários do Banespa em Bauru receberam com muita emoção e até lágrimas a notícia da venda do banco. Em vez de entrar para o trabalho eles concentraram-se na frente da agência central, localizada na Rua Rio Branco, que foi coberta com faixas pretas em sinal de luto pelo acontecimento. As portas só foram abertas à clientela depois das 12 horas, quando encerrou-se uma assembléia de protesto. Por conta do atraso na abertura do expediente, as agências tiveram grande movimento durante toda a tarde.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru, Marcos Lenharo, disse que "aquilo que está se cometendo com o patrimônio público neste país não tem precedentes na história e é um crime". Também repudiou a posição do Judiciário que, na sua opinião, "não se prestou para nada, e não cumpriu o seu papel, que é de fazer justiça".

Segundo Lenharo o clima é de total insegurança entre os bancários do Banespa, pois eles esperam grande número de demissões e a classe, na região, continua mobilizada e disposta a acatar as decisões da assembléia estadual da classe que poderá optar, inclusive, pela greve.
Agência Estado

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