Em quatro anos os espanhóis realizaram 35 transações, em operações de fusões e de aquisições no Brasil. Em rápida análise, André Castello Branco, da KPMG, empresa internacional de consultoria, avaliou o ímpeto espanhol nos últimos anos. De 1994 a 1997 os espanhóis fizeram apenas três transações. Em 1997 foram três, em 1998 foram oito e em 1999 foram 10. No ano 2000, até outubro foram 13 operações (mais a compra do Banespa, feita hoje), com os investimentos concentrados em alguns setores preferencialmente.Sem muito espaço para investir na Europa, onde o sistema financeiro é muito "apertado", e altamente maduro, diz Castello Branco, os espanhóis escolheram a América Latina, onde têm afinidades culturais e de idioma. A opção pelos investimentos na América Latina levou também à decisão de escolher setores estratégicos para aplicar.
Os campos escolhidos foram de alta tecnologia voltada para as comunicações (telecomunicações, Internet, publicidade e editoração). Nesses campos foram feitas 14 transações, representando 38% dos seus investimentos. No setor financeiro - até outubro - foram feitas oito transações, representando 22% dos investimentos. Outro setor escolhido foi na área de energia, geração, óleo, energia elétrica, no qual foram feitas seis transações significando 20%. Esses setores abrigam 78% dos investimentos espanhóis feitos no Brasil de 1994 para cá.