Ações da Azul e da Gol disparam após acordos de dívida com o governo
As ações da Azul e da Gol disparavam nesta segunda-feira, ainda embaladas por acordos das companhias aéreas com o governo para renegociação de débitos bilionários, divulgados na semana passada.
Por volta das 15h50, as ações da Azul subiam 14,67%, maior alta percentual do Ibovespa, que subia 1%. Fora do índice, os papéis da Gol saltavam 13,05%.
As ações da Azul caminham para o seu sexto pregão consecutivo de alta, enquanto a Gol ensaia a quinta sessão seguida de avanço.
Na sexta-feira, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que o governo fechou acordos com a Gol e a Azul para reduzir a dívida das duas companhias aéreas com a União em cerca de 5,8 bilhões de reais no total, permitindo que o pagamento seja feito em até 120 parcelas.
Em fato relevante no mesmo dia, a Azul disse que o acordo para reestruturar seu passivo fiscal reduzirá seus débitos de cerca de 2,9 bilhões de reais em mais de 1,8 bilhão de reais "ante a conversão de depósitos judiciais, utilização de prejuízos fiscais e efetivas reduções no valor dos juros, multas e encargos referentes aos créditos tributários".
O saldo remanescente, cerca de 1,1 bilhão de reais, será executado no período de 60 meses para os débitos previdenciários e em 120 meses para os demais débitos, acrescentou a companhia aérea.
No caso da Gol, a PGFN disse que a dívida da empresa passaria de cerca de 5 bilhões de reais para 880 milhões de reais. A empresa já havia anunciado anteriormente um acordo para equacionar seus débitos fiscais.
Segundo a empresa, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, o acordo não impactará seu endividamento líquido financeiro. O plano prevê a conversão em capital de parcela do seu endividamento financeiro.