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Ações da Embraer desabam após fracasso em acordo com Boeing

27 abr 2020 - 15h53
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As ações da Embraer despencavam nesta segunda-feira, pressionadas pelo cancelamento do acordo de 4,2 bilhões de dólares para vender sua divisão de aviação comercial para a Boeing no último final de semana.

Visitantes observam modelo Praetor 600 da Embraer durante feira de aviação em Genebra, Suíça. 21/5/2019. REUTERS/Denis Balibouse
Visitantes observam modelo Praetor 600 da Embraer durante feira de aviação em Genebra, Suíça. 21/5/2019. REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

Os ruídos sobre o fracasso da aguardada transação já rondavam o mercado na sexta-feira, quando fontes afirmaram que as negociações haviam esbarrado em um obstáculo, fazendo os papéis da companhia brasileira encerrem em queda de 10,7%.

Nesta segunda, com o cancelamento da transação oficializado, as ações da empresa chegaram a cair mais de 16% na mínima, sendo negociadas a 6,91 reais, menor valor desde julho de 2009.

Às 15h43, as ações caíam 6,76%, em contraste com o Ibovespa, que subia 3,91%. Em 2020, o papel acumula queda de mais de 60%.

Para o UBS, o cenário já desanimador para empresas do setor, que encaram uma forte queda na demanda por conta da pandemia de coronavírus, é ainda mais desafiador para a Embraer.

Na esteira do fracasso do negócio, a Embraer afirmou que iniciou processo de arbitragem contra a Boeing.

Os desdobramentos da notícia são bastante negativos para a Embraer, que agora se vê sozinha tendo que disputar mercado com outros players atualmente mais bem estruturados, disse Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, em nota.

"Mesmo a companhia negociando um novo acordo com outra empresa à frente, o que também pode implicar em termos menos vantajosos dada a atual conjuntura, a empresa precisará trabalhar sua musculatura de modo a retomar a competitividade de outrora", afirmou.

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