Ações das Americanas têm queda brusca na Bolsa, cotadas a menos de R$ 1
Declínio ocorre logo após o anúncio de um acordo com quatro bancos credores
As ações das Americanas estão em queda. Os ativos caíram 8,65% nesta terça-feira, 28, cotados a R$ 0,95. Este declínio ocorre logo após o anúncio de um acordo com quatro bancos credores.
A empresa anunciou o acordo na segunda-feira, 27, um marco significativo no processo de recuperação judicial da empresa. Conforme divulgado, o setor varejista receberá uma injeção de capital no montante de R$ 24 bilhões, sendo que metade desse valor será proveniente dos acionistas de destaque Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Se o acordo for efetivado, há a perspectiva de que a dívida bruta das Americanas seja reduzida a R$ 1,875 bilhão, um número quase 20 vezes menor do que o valor anunciado em 2022, de R$ 37,33 bilhões.
O acordo ainda está pendente de aprovação, sendo submetido à avaliação em uma assembleia com acionistas marcada para o dia 19 de dezembro, às vésperas do recesso judiciário.
A queda nas ações se deve à estratégia de trocar parte da dívida junto aos bancos por ações, resultando na redução proporcional dos ativos conforme o aporte realizado. Anteriormente, a empresa detinha um valor de mercado em torno de R$ 1 bilhão. Com a capitalização bilionária, a tendência é que esse valor continue a diminuir de forma exponencial.
Apesar da queda nas ações, a estratégia é adotada para viabilizar a continuidade da empresa no mercado. Os bancos envolvidos no acordo como credores são o Bradesco, Itaú, Santander e BTG Pactual. O banco Safra, um dos principais credores, optou por não participar, alegando a suspeita de "fraude" na operação da rede de varejo.