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Ações de emergentes registram maior saída mensal de estrangeiros desde 2020, títulos se mantêm

15 nov 2024 - 12h38
(atualizado às 12h38)
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Investidores estrangeiros venderam o maior valor em ações de mercados emergentes em outubro desde o início de 2020, mas os fluxos de entrada para aplicações em títulos e dívidas dessas economias mais do que compensaram esse movimento, mostraram dados de uma associação da indústria financeira nesta sexta-feira.

A entrada líquida total mensal de 1,9 bilhão de dólares em outubro se compara a uma entrada de 56,4 bilhões de dólares em setembro e uma saída de 8,1 bilhões de dólares em outubro de 2023, mostraram dados do Instituto Internacional de Finanças (IIF).

As carteiras de ações tiveram uma saída de 25,5 bilhões de dólares, a maior desde março de 2020, quando houve amplo movimento de venda em meio à pandemia da Covid-19, enquanto os títulos atraíram 27,4 bilhões de dólares.

Somente as ações chinesas perderam 9 bilhões de dólares depois de terem registrado em setembro o maior fluxo de entrada desde pelo menos 2015, enquanto os títulos da China atraíram 1,4 bilhão de dólares. Um novo impulso de estímulo do governo no final de setembro não conseguiu impressionar e um novo anúncio de estímulo em novembro também ficou aquém das expectativas.

"Apesar das medidas de flexibilização direcionadas do governo chinês, a confiança dos investidores continua baixa", disse o economista do IIF Jonathan Fortun em um comunicado.

"Essa dinâmica provocou mudanças substanciais no mercado, onde as preocupações com o crescimento e a incerteza regulatória continuam a deter o investimento estrangeiro na China."

Conforme os mercados se posicionavam para a eleição presidencial dos EUA no início de novembro, no final de outubro houve um movimento em direção a negócios que se beneficiariam de uma volta de Donald Trump voltasse à Casa Branca -- elevando o dólar e as taxas dos EUA.

"As preocupações com a força do dólar em relação às moedas de países emergentes ampliaram a aversão ao risco nos mercados acionários", disse Fortun.

"Essa mudança está alinhada com a expectativa de que os diferenciais de rendimento e as trajetórias das taxas possam favorecer cada vez mais a dívida dos ME em detrimento das ações, à medida que a aversão ao risco aumenta globalmente."

Regionalmente, no mês passado, a Ásia registrou uma saída líquida de 6,8 bilhões de dólares, enquanto a Europa Emergente recebeu 5,2 bilhões de dólares e a América Latina, 3,6 bilhões de dólares. Os fluxos para a África foram marginalmente negativos.

No acumulado do ano, os estrangeiros investiram cerca de 249 bilhões de dólares em termos líquidos em seus portfólios de mercados emergentes. Cerca de 220 bilhões de dólares foram para dívidas, dos quais 169 bilhões de dólares foram para fora da China.

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