Ações terminam quase estáveis, com ganhos iniciais sendo reduzidos antes da decisão do Fed
As ações dos Estados Unidos fecharam quase estáveis nesta terça-feira, abrindo mão de ganhos anteriores que haviam levado os índices S&P 500 e Dow Jones a recordes, com investidores se preparando para o primeiro corte de juros do Federal Reserve em quatro anos e meio.
O índice de referência S&P 500 atingiu 5.670,81 pontos mais cedo, depois que novos dados econômicos aliviaram as preocupações de uma forte desaceleração da economia dos Estados Unidos.
O último relatório do Departamento de Comércio dos EUA mostrou que as vendas no varejo aumentaram inesperadamente em agosto, depois que um declínio nas receitas das concessionárias de automóveis foi compensado pela força das compras online, sugerindo que a economia está em bases sólidas durante a maior parte do terceiro trimestre.
"As expectativas estavam bem arraigadas antes de entrarmos nos dados econômicos de hoje e o que eles mostraram foi um ambiente de crescimento em geral, mas um ambiente de crescimento relativamente lento", disse Russell Price, economista-chefe da Ameriprise Financial Services.
O Dow Jones teve variação negativa de 0,04%, para 41.606,18 pontos. O S&P 500 teve variação positiva de 0,03%, para 5.634,58 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq subiu 0,20%, para 17.628,06 pontos.
Os mercados estão precificando uma chance de 65% de o Fed cortar os custos de empréstimos em 50 pontos-base no final de sua reunião de dois dias na quarta-feira, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. As expectativas do mercado quanto ao tamanho do corte têm sido voláteis nos últimos dias, com apenas 34% de chance de um corte de 50 pontos-base na semana passada.
O Dow Jones, em que blue-chips têm forte peso, atingiu um recorde intradiário pelo segundo dia consecutivo. O índice Russell 2000, que acompanha as small-caps, as quais investidores consideram mais propensas a se beneficiarem de um ambiente de juros mais baixos, superou os três principais índices, subindo 0,74% na sessão.
O setor de energia, com alta de 1,41%, foi o de melhor desempenho entre os 11 principais do S&P 500, impulsionado por uma alta nos preços do petróleo, enquanto o setor de saúde foi o de pior desempenho, com queda de 1,01%.