Advogado pede penhora de bens de Maluf para ressarcimento de R$ 111,8 milhões em honorários
O processo refere-se a uma ação que contestava os prejuízos gerados por Paulo Maluf ao criar a estatal Paulipetro, na década de 1970
O advogado Walter do Amaral entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo a penhora de bens do ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf, 92, para que lhe seja ressarcido R$ 111,8 milhões em honorários advocatícios de sucumbência. O processo chegou ao STJ no último dia 6, e seu interior foi acessado pelo jornal O Globo.
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Amaral reclama ter advogado em uma ação popular a favor da responsabilização de Maluf por prejuízos causados aos cofres paulistas através da estatal Paulipetro, empresa criada por ele na década de 1970, quando tentava encontrar petróleo no estado de São Paulo.
Anteriormente, em 2022, a ministra Regina Helena da Costa, da 1ª Seção do STJ, já havia determinado que Maluf pagasse R$ 95,2 milhões ao advogado. O político, no entanto, não cumpriu com a decisão e a dívida aumentou.
Agora, Amaral pede a penhora dos bens para que a ordem judicial seja cumprida. Ele chega a listar R$ 6 milhões em ações da empresa Eucatex, 16 imóveis em nome de Maluf e veículos. Dentre a listagem, aparecem bens que fazem parte do espólio de Maria Estefno Maluf, mãe do ex-governador. Além disso, é citado também o patrimônio de Sylvia Maluf, mulher do político.
Ainda de acordo com o jornal, em outras frentes processuais, a defesa de Paulo Maluf discorda do valor da cobrança. A ministra Regina Helena ainda não se manifestou sobre o pedido da penhora.