Aécio merece vencer disputa contra Dilma, diz The Economist
Em matéria sobre as eleições presidenciais, revista britânica diz que economia brasileira "estagnou e o progresso social diminuiu” no governo Dilma
A edição para a América Latina da revista britânica The Economist desta semana traz uma reportagem de capa sobre as eleições presidenciais no Brasil. Com o título “Porque o Brasil precisa mudar”, a publicação se posiciona dizendo que Aécio Neves (PSDB) “merece vencer” a disputa contra Dilma Rousseff (PT).
Para a publicação, a economia do País “estagnou e o progresso social diminuiu” no governo Dilma. Já Aécio Neves “provou que pode fazer suas políticas econômicas funcionarem”.
A The Economist criticou o atual governo dizendo que o Brasil terá o pior desempenho entre os países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), ficando à frente apenas da Rússia, em função das sanções econômicas que o país europeu tem sofrido.
Além disso, a revista diz que o governo causou danos à Petrobras e à indústria de etanol, mantendo pressionado o “preço da gasolina para mitigar o impacto inflacionário de sua política fiscal frouxa”.
Dilma liderou a votação no primeiro turno da eleição porque a maioria dos brasileiros ainda não sentiu o esfriamento da economia no seu dia a dia e pelo fato de Aécio ainda não ter conseguido explicar aos mais pobres suas propostas de reformas, “que vão beneficiá-los em vez de machucá-los”, escreveu a revista. “Se o Brasil quer evitar outros quatro anos de deriva, é vital que ele [Aécio] tenha êxito”.
De acordo com a matéria, os oito anos de Aécio à frente do governo de Minas Gerais transformaram o Estado “em um exemplo de boa administração com algumas das melhores escolas do País”. A revista destaca as propostas do candidato do PSDB para política macroeconômica, a promessa de cortar o número de ministérios, a simplificação do sistema tributário e para impulsionar o investimento em infraestrutura.
Além da economia, a revista britânica criticou a postura de Dilma Rousseff durante a eleição por ataques a Marina Silva (PSB), candidata derrotada no primeiro turno que já declarou seu apoio à candidatura tucana, os 39 ministérios do governo federal e a “falta de toque político de Lula”. Para a The Economist, Dilma “não mostra nenhum sinal de que tem aprendido com seus erros”.