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Aeris: lucro líquido cai 23,1% no 2º trimestre e soma R$ 18,723 milhões

11 ago 2021 - 19h40
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A fabricante de pás eólicas Aeris reportou lucro líquido de R$ 18,723 milhões no segundo trimestre, uma queda de 23,6% em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo as restrições na cadeia de suprimentos, que levaram à postergação de volumes de linhas maduras para 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do período foi de R$ 55,031 milhões, uma baixa de 5,4% na base anual. A margem Ebitda do trimestre foi de 9,3%, redução de 3,2 pontos porcentuais (p.p.) em relação ao segundo trimestre de 2020.

Entre abril e junho, a receita líquida da companhia cresceu 27,6%, para 591,9 milhões ante o mesmo intervalo do ano anterior, enquanto o custo do produto vendido aumentou 30,7% na mesma base de comparação, para R$ 529,1 milhões. Os investimentos do período totalizaram R$ 68,8 milhões, crescimento de 127,06%, com o plano de expansão da capacidade produtiva da companhia se aproximando da conclusão.

Em relatório de resultados, a Aeris explicou que o principal efeito da pandemia de covid-19 no segundo trimestre foi o absenteísmo que atingiu níveis 30% superiores aos observados nos três primeiros meses deste ano.

"Níveis elevados de absenteísmo tornam a operação mais complexa e afeta negativamente indicadores como o ciclo de fabricação e os custos com retrabalhos, principalmente quando consideramos o momento de alta concentração de linhas de produção nos estágios pré-operacional e não maduras", disse a empresa.

Em relação às potenciais ordens cobertas por contratos de longo prazo no período, totalizam 2.463 sets de pás com potência equivalente a 11,5 gigawatts (GW). Considerando a taxa de câmbio do encerramento do segundo trimestre, os projetos representam uma receita potencial de R$ 8,1 bilhões.

"O principal efeito é que estamos com muita linha de produção em estágio de maturidade inicial. Então a representatividade das linhas que estão entrando agora, junto com as linhas não maduras, está pesando mais agora do que no passado. Quanto mais rápido a gente cresce, maior o peso daquilo que está no início e joga nossa margem para baixo", disse o diretor de planejamento e Relações Internacionais (RI) da Aeris, Bruno Lolli.

Estadão
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