Chuva pode paralisar trabalho no campo no RS
Previsão indica chuva significativa na segunda semana de Outubro. Apesar disso, trigo mantém bom desempenho no estado. Veja os detalhes
O trigo apresenta rápida evolução já em fase final de ciclo no Rio Grande do Sul. De acordo com o levantamento da Emater/Ascar-RS, 15% das lavouras estão em processo de maturação, 46% em enchimento de grãos, 29% em floração e 10% em desenvolvimento vegetativo. Nas áreas de semeadura mais precoce, os produtores finalizam o preparo de máquinas e equipamentos para o início da colheita.
Foto: Mara Motter- Três Arroios - RS
Apesar das intensas chuvas registradas entre o final de setembro no extremo sul do estado e na região da Campanha, bem como da ocorrência pontual de granizo e ventos fortes em áreas do centro e noroeste do Rio Grande do Sul, as lavouras de trigo mantêm condição geral satisfatória no Estado. Nas regiões oeste, noroeste, norte e nordeste, o desenvolvimento das lavouras é considerado muito bom, tanto vegetativo quanto reprodutivo. De modo geral, esse bom desempenho tem compensado os danos pontuais observados em outras regiões, e os níveis de produtividade esperados devem continuar dentro das expectativas iniciais, desde que as condições climáticas futuras favoreçam a continuidade do ciclo.
Previsão de chuva significativa na segunda semana de Outubro
A partir de domingo (06/10), uma frente fria avança sobre a fronteira oeste, região das Missões, noroeste e norte do estado. Na segunda-feira (07/10), as áreas de instabilidade ganham força sobre centro-oeste e norte do Rio Grande do Sul. Há condições para pancadas de chuva na fronteira oeste, Missões, região central, norte e noroeste gaúcho. Destaque para risco de temporais na fronteira oeste.
Ao longo da semana, há tendência é de bastante chuva. O mapa abaixo mostra o acumulado de chuva para o período entre 07 e 12 de Outubro. Na Região Sul, os tons em marron e vermelho, representam na escala volumes de chuva que podem passar dos 100 milímetros entre o centro norte gaúcho, Santa Catarina e no leste do Paraná.
O risco para enchente é alto e algumas áreas agrícolas podem sofrer paralisações dos trabalhos em campo, principalmente o manejo das lavouras e aplicação de fungicidas para prevenir a incidência de doenças.
A área cultivada, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista está em 3.100 kg/há, de acordo com dados da Emater/RS-Ascar.