Fávaro conversa com CEO do Fundo Mubadala sobre investimentos no agro brasileiro
Na reunião foi apresentado ao ministro o projeto biocombustível de macaúba que prevê produção de biodiesel a partir de uma cultura agrícola nativa brasileira
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu-se nesta quinta-feira (28) com o CEO do Fundo Mubadala no Brasil, Ricardo Paes, para conhecer os projetos do fundo de investimento destinado para as áreas agrícola e industrial no país.
Na ocasião, Paes contou um pouco da história do Mubadala, que é um fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, que tem investimentos no Brasil que vão desde refinarias, academia, fast food, até uma linha de metrô.
Relacionado a agricultura, Paes apresentou ao ministro Fávaro o projeto biocombustível de macaúba que está em desenvolvimento. O plano envolve plantação da palmeira macaúba em 200 mil hectares de áreas degradadas em dez anos e biorrefinaria na Bahia para produção de diesel verde.
A expectativa é que todo o projeto gere 80 mil empregos e cerca de 1 bilhão de litros de óleo por ano para transformação em biodiesel, o que vai reduzir em até 80% as emissões de CO2.
"Um detalhe do projeto é que aproximadamente 20% a 25% desses 200 mil hectares serão desenvolvidos por pequenos agricultores de até 100 hectares", relatou o CEO Ricardo Paes.
Alinhado a proposta do projeto do Fundo, Fávaro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) que está sendo executado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A meta do programa é recuperar e converter até 40 milhões de hectares de pastagens em áreas agricultáveis em até 10 anos.
"Além de ser uma prática sustentável, o Programa também prevê a adoção de medidas que contribuam com a segurança alimentar e climática do planeta", mencionou o ministro. "No final das contas, tanto o projeto de macaúba quanto nosso programa de conversão de pastagens degradadas refletem em investimentos na agricultura brasileira e na diminuição da emissão de gás carbônico (CO2)", disse.
Também participaram da reunião o vice-presidente da Acelen, Marcely Lyra; o CEO da BPP Advogados, Evaristo Pinheiro; e o sócio da BMJ Consultoria, Victor Figueiredo.