Fogo: prejuízo nas lavouras de cana-de-açúcar de SP sobe para R$ 800 milhões
Até o mês de agosto passado, a entidade estimava perdas em 80 mil hectares e prejuízo de R$ 500 milhões. Estes novos dados contabilizam os incêndios registrados entre o dia 24 de agosto e esta quarta-feira (4)
As queimadas nas lavouras de cana-de-açúcar no estado de São Paulo (SP) se espalharam por mais de 100 mil hectares, fazendo o prejuízo subir para R$ 800 milhões de reais. A estimativa, divulgada nesta quinta-feira (5), é da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana).
Prejuízo maior nas lavouras
Até o mês de agosto passado, a entidade estimava perdas em 80 mil hectares e prejuízo de R$ 500 milhões. Os novos dados contabilizam os incêndios registrados entre o dia 24 de agosto e esta quarta-feira (4), e representa 2,3% da área total de cana do estado de São Paulo, que é maior produtor do Brasil, com cultivos em 4,3 milhões de hectares (ou 43 mil km²)
O fogo não apenas queimou a cana que estava de pé - e que, portanto, corresponde à atual safra - mas também dizimou as rebrotas, o que pode causar impacto na próxima colheita.
"Devido às perdas, a cana só vai conseguir rebrotar quando tiver água no solo, quando as chuvas chegarem", disse o diretor-executivo da Orplana, José Guilherme Nogueira ao portal g1
Nogueira explicou aridez do clima pode comprometer a safra vindoura, "Esse cenário de clima seco e falta de chuvas pode impactar a safra futura, mas ainda é cedo para essas previsões. Esperamos que as chuvas deste final de ano venham de forma uniforme e volumosa e a rebrota da cana-de-açúcar aconteça de uma maneira mais tranquila", afirmou.
Estimativa da safra de cana-de-açúcar
A consultoria Datagro reduziu em 9 milhões de toneladas a expectativa da safra de cana do centro-sul do Brasil, para 593 milhões de toneladas em 2024/25, em meio a impactos da seca e após as queimadas, destacou a agência de notícias Reuters.
Com isso, a produção de açúcar do centro-sul do Brasil foi estimada em 39,3 milhões de toneladas na temporada 2024/25, ante 40,025 milhões de toneladas na projeção anterior.
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