MS atingiu 64,5% de área colhida de soja na safra 22/23
A área plantada de milho na 2ª safra 2022/2023 já atingiu 54,6%
As operações de colheita da soja e de plantio do milho 2ª safra no estado de Mato Grosso do Sul, estão atrasadas. As chuvas recorrentes entre os meses de janeiro e fevereiro provocaram o atraso nas operações em todo estado, para a data do dia 17 de março a colheita deveria estar próximo a 90,1%, porém está em 64,5%.
Este cenário ocorreu na colheita da safra de soja 2020/2021, estendendo a operação até dia 14 de abril, é provável que a safra atual seja semelhante. Já no milho 2ª safra o atraso pode afetar o desenvolvimento da cultura em algumas regiões do estado, podendo ocorrer intempéries climáticas (estiagem, geada e queda de granizo). O produtor deve estar atento ao zoneamento agrícola de risco climático e verificar se a propriedade ou região possui histórico de condições climáticas ruins antes de semear.
Foto: Getty Images
Soja
A estimativa é que a safra seja 2,5% maior em relação ao ciclo passado (2021/2022), atingindo a área de 3,842 milhões de hectares. A produtividade estimada foi revisada passando para 58 sc/há com expectativa de produção de 13,378 milhões de toneladas. Mato Grosso do Sul atingiu 64,5% de área colhida de soja na safra 2022/2023. A porcentagem da área colhida da safra 2022/2023, encontra-se inferior em aproximadamente 25,6 pontos percentuais em relação à safra 2021/2022, para a data de 17 de março.
Imagem: divulgação Aprosoja/MS
Milho
Para 2ª safra de milho 2022/2023, a área estimada é de 2,325 milhões de hectares, considerando um aumento de 5,4% em relação a área da 2ª safra de 2021/2022. A produtividade estimada é de 80,33 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas. O estado atingiu 54,6% de área plantada de milho na 2ª safra 2022/2023. A porcentagem de área plantada na 2ª safra 2022/2023, encontra-se inferior em aproximadamente 27,7 pontos percentuais em relação à 2ª safra 2021/2022, para a data de 17 de março.
Tendência do Clima
Nesta semana as chuvas mais intensas, devido as instabilidades associadas ao calor e alta umidade da Amazônia e a atuação da zona de convergência intertropical, vão continuar concentradas sobre o interior da região Norte e faixa norte do Nordeste.
Até o próximo final de semana estão previstos volumes de precipitação que podem chegar a 150mm entre o Ceará, norte do Piauí e norte do Maranhão. São chuvas com potencial para provocar transtornos em lavouras e também devem paralisar atividades no campo. Entre o Pará e o interior do Amazonas estão previstos volumes de água de 70 a 100 mm.
Já em grande parte da área central do país, as instabilidades devem ocorrer de forma bastante esparsas e estão previstas chuvas muito isoladas e com baixos acumulados na maior parte das áreas produtoras do interior do Sudeste e do Centro-Oeste.
O norte de Mato Grosso deve receber volumes um pouco mais significativas, de 30 a 50 mm nos próximos cinco dias. Na faixa leste do Sudeste também deve chover de forma moderada, devido a atuação da frente fria que está avançando pela costa e até meados da semana os volumes podem variar de 30 a 50 mm entre o nordeste de São Paulo, sul e zona da mata Mineira e Rio de Janeiro.
Já na região Sul há expectativa para o retorno da chuvas a partir da quarta-feira e principalmente na próxima sexta-feira uma nova frente fria deve avançar trazendo chuvas mais generalizadas e com volumes mais expressivos. O volume de água pode variar de 30 a 50 mm entre o Rio Grande do Sul e sul paranaense. Mais uma vez essa chuva deve trazer um alívio pontual para algumas áreas que estão muito secas no Rio Grande do Sul. No entanto, depois da passagem desse sistema e o tempo seco volta ganhar intensidade. Essa frente fria que vai avançar no final de semana deve chegar à costa do Sudeste entre o sábado e o domingo trazendo chuvas mais generalizadas e com volumes moderados para grande parte do interior da região.
