Safra de cana registra crescimento de 7,5% na produtividade
No centro-sul, a cultura está na reta final e marcada pela recuperação da produtividade agrícola dos canaviais
A safra de cana 2022/23 está sendo marcada pela recuperação da produtividade agrícola dos canaviais, devido principalmente ao maior volume e melhor distribuição das chuvas registrado na maioria das regiões produtoras de cana-de-açúcar. Os números constam do Boletim de Olho na Safra, divulgado nesta sexta-feira (16/02) pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).
No acumulado abril a novembro deste ano, houve um avanço de 7,5% em TCH (Toneladas de Cana por Hectare) em relação ao mesmo período da safra 2021/2022, passadno de 68 ton/ha para 73 ton/ha. Regionalmente, as produtividades foram praticamente todas superiores às registradas na safra passada, com exceção de Mato Grosso do Sul (-1,6%). Os destaques positivos foram de São José do Rio Preto (+20,8), Araçatuba (+15,6) e São Paulo (+10,6).
Em novembro, a média da produtividade dos canaviais na região Centro-Sul saltou de 122,9 toneladas de cana por hectare para 133,6 ton/ha, 8,7% a mais do que no mesmo mês da safra 2021/2022.
Foto: arquivo istock
Qualidade da matéria-prima
No acumulado abril a novembro, a qualidade de matéria-prima (ATR) foi praticamente igual à da safra anterior, variando menos de 0,5% em relação à 2021 (de 137,6 kg/tc para 137,4 kg/tc). Destacam-se com ATR superior ao ciclo anterior as regiões de Goiás e Minas Gerais, que tiveram aumento no acúmulo de sacarose principalmente devido ao regime hídrico que não foi tão expressivo nessas localidades.
Tendência do Clima
Um forte corredor de umidade sobre o interior do Brasil é responsável pela propagação de nuvens carregadas entre o Centro-Oeste, Sudeste e interior do Matopiba. Ao longo dos próximos dias, são esperadas chuvas intensas sobre estas regiões.
Até a metade da próxima semana estão previstos mais de 130mm em áreas do Cerrado Mineiro e mais de 70mm entre o norte de São Paulo, interior de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e interior do Matopiba.
Essas chuvas fortes podem vir acompanhadas por granizo especialmente em localidades do Sudeste e do Centro-Oeste e podem trazer transtornos nas áreas que apresentam bastante umidade devido as chuvas que vem acontecendo desde novembro, como é o caso de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e norte de Goiás. As chuvas devem continuar acontecendo com forte intensidade entre o estado mineiro e capixaba, no interior do Matopiba e do Centro-Oeste pelo menos até o Natal, configurando um período de invernada.
Já sobre o Sul do Brasil a previsão é de pouca chuva até o Natal. Especialmente no Rio Grande do Sul, os próximos dias serão marcados por tempo seco e muito quente, o que deve continuar prejudicando a produtividade do milho no Estado.
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