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Agronegócio e programa federal fazem Marcopolo dobrar aposta em micro-ônibus

25 mai 2021 - 12h50
(atualizado às 15h51)
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A forte demanda por micro-ônibus vinda de setores como mineração e agronegócio, além de encomendas de um programa federal estão fazendo a Marcopolo redirecionar parte do esforço de produção para esta linha, ajudando a minimizar a forte queda nas vendas de ônibus provocada pela pandemia.

Micro-ônibus da Marcopolo. 25/5/2021. Divulgação/REUTERS.
Micro-ônibus da Marcopolo. 25/5/2021. Divulgação/REUTERS.
Foto: Reuters

Na esteira da alta de 70% das vendas de micro-ônibus no país no primeiro trimestre, para 965 unidades, e com expectativa de que esse ritmo será mantido ao longo dos próximos trimestres e anos, movido em parte por mudanças estruturais no transporte público das cidades, a companhia anunciou nesta terça-feira o lançamento de uma nova linha de sua divisão no setor, a Volare.

Só para o programa federal de educação Caminho da Escola, a Marcopolo entregou 761 veículos no primeiro trimestre. Mas a demanda maior por setores que estão em forte atividade, mesmo com a pandemia, reforçaram o movimento.

Segundo Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais e marketing da Marcopolo no Brasil, o distanciamento social exigido por governos tem levado empresas de fretamento a buscarem veículos com capacidade média de 20 a 35 passageiros, um ganho de eficiência em relação aos ônibus convencionais que têm sido obrigados a rodar com 50% da capacidade.

O foco em produtos mais leves, de menor valor agregado, foi uma forma de aliviar a redução do quadro de funcionários e outros custos, atenuando também o efeito sobre a receita líquida da companhia, que caiu 9,3% no primeiro trimestre, ano a ano, refletindo menores vendas domésticas e para o exterior.

Desde o ano passado, a companhia vem buscando criar novos produtos e se aprofundar em nichos de mercado para tentar aliviar os efeitos da forte queda no mercado de ônibus, o que a levou a fechar uma fábrica em Duque de Caixas (RJ).

Segundo dados da associação das montadoras de veículos Anfavea, a venda de ônibus no Brasil teve queda de 33,5% em 2020. Neste ano até abril, os licenciamentos subiram apenas 13% na comparação com mesmo período do ano anterior.

Em dezembro, a Marcopolo fez a primeira entrega de carros para veículos leves sobre trilhos (VLT), meses após ter lançado ônibus com soluções para evitar contaminação pelo coronavírus.

O New Attack, nova linha da Volare lançada nesta terça-feira, já vinha sendo planejada antes da pandemia, segundo a empresa, mas se encaixou em demandas que cresceram recentemente, com a procura por veículos com maior distanciamento entre passageiros do que os ônibus e as vans, por exemplo.

Segundo a companhia, o novo modelo também tem maior volume de materiais plásticos, inclusive reciclados, o que o torna mais leve e demanda menor consumo de combustível.

"Nossa visão é de que, também considerando a tendência de maiores demandas regionais por veículos urbanos menores, as vendas de micro-ônibus vão seguir aquecidas nos próximos trimestres", disse Portolan.

Analistas têm avaliado que a ação da Marcopolo, que acumula queda de cerca de 2% neste ano até a véspera, pode começar a se recuperar até 2022, conforme o país comece a se recuperar da segunda onda da pandemia. A recuperação deve ampliar a demanda por veículos da Volare por parte de setores como turismo e incentivar maiores compras para o programa Caminhos da Escola.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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