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Agtech brasileira de manejo agronômico expande operações para "Corn Belt" dos EUA

1 jul 2024 - 16h24
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A DigiFarmz, agtech brasileira especializada em recomendação preditiva de insumos para controle de pragas e doenças nas lavouras, está expandindo sua atuação do Brasil e Paraguai para a principal região produtora de grãos dos Estados Unidos, afirmou a empresa à Reuters.

A tecnologia, que combina pesquisas de campo com algoritmos ancorados em inteligência artificial, garante aumento da produtividade ao aprimorar o manejo de insumos pelo produtor rural, disse o CEO da DigiFarmz, Alexandre Chequim, à Reuters.

"Do ponto de vista de concorrência direta, não tem ninguém aqui fazendo o que fazemos. Fica até difícil de dizer o que tem de diferencial competitivo, na verdade, é tudo", comentou o CEO, um dos fundadores da empresa.

A companhia avalia que sua tecnologia tem alto poder de penetração na agricultura norte-americana, e que isso pode favorecer o recebimento de aportes de terceiros, um caminho natural para a empresa crescer.

Com mais de meio milhão de hectares monitorados em aproximadamente mil fazendas na América do Sul, a agtech fundada em 2017 em Porto Alegre tem meta inicial de atingir 200 mil hectares na região norte-americana do "Corn Belt", atendendo produtores de Indiana, Ohio, Iowa, Illinois e Michigan.

De acordo com o executivo, o aumento na média de produtividade por talhão varia de acordo com manejo da fazenda antes da tecnologia DigiFarmz ser implantada.

"Se o produtor está com defasagem grande do manejo, vai aumentar bastante a produtividade... Não é mágica, é ajuste de manejo em relação a todos esses pontos, aí ele vai ganhar os sacos a mais por hectare", disse ele, ressaltando que já houve casos de ganhos de mais de 20 sacas.

Com base em mais de 50 variáveis, a tecnologia da DigiFarmz também orienta na tomada de decisão sobre custo-benefício de fungicidas, janelas mais adequadas de plantio, bem como para aplicação de insumos e respectivas doses.

Há ainda alertas em tempo real de incidência de doenças, entre outros apontamentos, para assegurar o potencial produtivo das lavouras, algo importante em um momento em que muitas pragas e doenças ficam mais resistentes aos pesticidas.

Chequim, que se mudou para os EUA com o outro fundador da empresa, o diretor de operações, Ricardo Balardin, disse que há uma "complementariedade" grande para soluções oferecidas pela empresa nos EUA. "O parque de máquinas agrícolas deles é mais tecnificado e mais integrado que o nosso (brasileiro) na média do país", afirmou, em referência a conexão dos equipamentos.

O CEO da empresa, que tem visitado desde 2018 os EUA em busca de negócios, antes de se mudar definitivamente para o país ao final de 2023, afirmou que já trabalha em parcerias comerciais com cooperativas e outras revendas de insumos visando o sucesso do empreendimento nos EUA. "Estamos com alianças, parcerias e ações executadas a cada semana."

No Brasil, a DigiFarmz também fechou recentemente parceria com a ForFarmer, plataforma online de produtos e serviços para o produtor rural, com atuação nacional, mas forte presença no centro-leste do Paraná.

Com o acordo, a DigiFarmz passa a compor a prateleira de soluções do portfólio da ForFarmer, abrindo assim um novo canal de comercialização, com expectativa de elevar entre 25% a 30% seu potencial de vendas, segundo Chequim. Segundo ele, essa parceria vai dar capilaridade em polos de produção estratégicos, nos quais a empresa ainda não tinha atuação presencial.

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