AGU pede à PF abertura de inquérito para investigar fake news sobre Pix
Objetivo é identificar autores de notícias mentirosas, sites e perfis falsos que aplicaram golpes
A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou um ofício à Diretoria-Geral da Polícia Federal solicitando que seja aberto um inquérito para investigar a criação de notícias falsas e a aplicação de golpes relacionados ao Pix. Uma solicitação também foi enviada à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça.
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Os pedidos foram feitos nesta quarta-feira, 15, após uma intensa disseminação de fake news relacionadas ao método de pagamento. De acordo com o ministro da AGU, Jorge Messias, é necessária a identificação dos autores que geraram desinformação e levaram cidadãos a caírem em golpes contra a economia popular.
“Em razão dos crimes cometidos, pessoas de boa-fé caíram em golpes estimulados pela mentira produzida por esses criminosos”, ressaltou o ministro durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
Na nota técnica que embasa a notificação, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) destaca que “fraudes que exploram o nome e os símbolos da Receita Federal para enviar notificações falsas e espalhar desinformação nas redes sociais geram pânico, insegurança e levam a práticas como cobranças indevidas e recusa de pagamentos eletrônicos”.
Desinformação
Após o anúncio do governo de que iria ampliar a fiscalização de operações financeiras, incluindo o Pix, a população foi atingida por uma série de notícias falsas informando que haveria uma taxação no método de pagamento e que pequenos comerciantes seriam “vigiados” pelos bancos.
Mesmo o governo esclarecendo que não haveria taxas, a repercussão negativa foi grande. Nesta quarta-feira, a medida foi revogada.