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Airbus e Boeing anunciam vendas de jatos em Farnborough, apesar de atrasos nas entregas

23 jul 2024 - 14h58
(atualizado às 18h31)
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Novas encomendas de aviões foram feitas na feira de aviação de Farnborough, na Inglaterra, nesta terça-feira, apesar de problemas na cadeia de suprimentos dos fabricantes e das reclamações de companhias aéreas sobre atrasos nas entregas.

A Boeing anunciou vendas de aviões para a Catar Airways e a Macquarie Airfinance, enquanto a Airbus garantiu encomendas da Japan Airlines e da Virgin Atlantic - embora grande parte das negociações já tivesse sido sinalizada.

A Qatar Airways também manteve a perspectiva de um pedido "considerável" de jatos de fuselagem larga na virada do ano, e a flydubai disse à Reuters que está em fase inicial de negociações com a Airbus e a Boeing sobre a maior encomenda já feita pela empresa.

Participantes da feira de aviação esperam um número limitado de anúncios de encomendas no evento este ano, já que Airbus e Boeing estão com capacidades de produção esgotadas para vários anos e estão enfrentando dificuldades para aumentar entregas em meio a problemas na cadeia de suprimentos.

Atrasos nas entregas de aviões limitaram a capacidade de algumas companhias aéreas de aproveitar o boom de viagens pós-pandemia que, segundo alguns, está começando a desaparecer.

A Boeing, em particular, teve que reduzir a produção, pois foi submetida a uma maior fiscalização por parte de órgãos reguladores depois que um pedaço da fuselagem de um jato 737 MAX 9 operado pela Alaska Airlines se desprendeu da aeronave em pleno voo em 9 de janeiro.

Isso deixou algumas companhias aéreas profundamente frustradas.

"Então, em março, fomos informados que as 12 aeronaves agora seriam oito. Agora, em julho, na semana passada, nos disseram que, das oito, já recebemos quatro e não receberemos mais nada", disse Ghaith al-Ghaith, presidente-executivo da flydubai, que reclamou na segunda-feira dos atrasos da Boeing.

"Do nosso ponto de vista, é aqui que há frustração, e sentimos que tínhamos que dizer algo."

Ihssane Mounir, vice-presidente sênior da cadeia de suprimentos global e produção da Boeing, disse durante um painel que é "um sentimento justo por parte da base de suprimentos e das companhias aéreas dizer que não cumprimos nossos compromissos com eles em termos de cronograma", acrescentando que a empresa está trabalhando para reconquistar a confiança.

Apesar dos problemas, muitas companhias aéreas estão ansiosas para fechar acordos envolvendo aeronaves mais eficientes em termos de consumo de combustível diante das previsões de forte crescimento das viagens aéreas nos próximos anos.

VOANDO MAIS TEMPO

A Qatar Airways encomendou mais 20 aviões Boeing 777-9, expandindo a carteira de pedidos da família de jatos 777X do fabricante norte-americano para quase 100 aeronaves.

A encomenda, no valor de quase 4 bilhões de dólares, segundo estimativas da Cirium Ascend, já estava listado na carteira de pedidos da Boeing como um cliente não identificado.

A Boeing também recebeu um pedido de 20 aviões 737 MAX-8 da Macquarie Airfinance, no valor estimado de cerca de 1 bilhão de dólares.

Enquanto isso, a Japan Airlines concluiu um pedido de 20 jatos Airbus A350-900 e 11 unidades do A321neo, no valor de pouco mais de 3 bilhões de dólares no total, segundo dados da Cirium Ascend. A Virgin Airlines encomendou sete Airbus A330-900 com preço total avaliado em 800 milhões de dólares.

Num sinal de confiança no futuro, al-Ghaith disse que a flydubai mantém negociações para a maior encomenda de aviões já realizada pela empresa.

"O último pedido que fizemos foi de 175 (aviões) e este (o próximo) será maior, tenho certeza", disse o executivo em entrevista. A flydubai anunciou a compra de 175 aviões Boeing 737 MAX em 2017.

Enquanto isso, o presidente-executivo da Qatar Airways, Badr al Meer, disse que a empresa decidirá sobre um novo pedido "considerável" de aviões de dois corredores por volta do final deste ano ou no primeiro trimestre de 2025.

O executivo acrescentou que a empresa também decidiu estender a vida útil de seus jatos Airbus A380 e realizará atualizações.

A consultoria Bain disse em relatório na semana passada que as companhias aéreas enfrentam a maior espera de todos os tempos pela manutenção de motores em meio à escassez de novas aeronaves, o que tem aumentado seus custos.

O presidente-executivo da British Airways, Sean Doyle, disse durante a feita de aviação que a companhia está "muito vigilante" sobre entregas de novas aeronaves, mas que no momento "nossos aviões estão chegando nos prazos que precisamos que cheguem".

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