Airbus quer mais participação na fabricação de foguetes
Chegada da companhia americana de baixo custo "irritou" demais fabricantes
O chefe do Airbus Group insitou países da Europa a realizar uma fundamental reforma na indústria de lançamento de foguetes espaciais e a dar um papel maior para as companhias para evitar que se tornem "irrelevantes" no clube mundial de US$ 6,5 bilhões de lançamento de foguetes.
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Seu chamado por uma voz maior da indústria nas parcerias públicas e privadas por trás do foguete espacial europeu Ariane é uma resposta à chegada da companhia americana de baixo custo Space Exploration Technologies (SpaceX), comandada pelo magnata de carros elétricos Elon Musk.
"Acredito que estamos em um momento decisivo para o futuro da Europa no espaço e para a indústria europeia de lançamentos", disse à Reuters o presidente-executivo do Airbus Group, Tom Enders.
A SpaceX de Musk oferece lançadores leves de foguetes para transportar satélites de comunicação a preços menores que os de mercado, e está levando outros na indústria a ver o que podem fazer para reduzir custos.
A Europa quer substituir o lançador de foguete Ariane 5 por um Ariane 6 até 2021, mas está enfrentando dificuldades com estruturas rígidas por trás do design, da fabricação e da comercialização de lançadores espaciais. "Ou melhoramos e integramos muito nossas estruturas industriais ou nos tornaremos irrelevantes", disse Enders.