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Alckmin fala em "alta momentânea" do dólar e diz ter confiança na queda

O presidente em exercício chamou a alta do dólar como um movimento equivalente a um espasmo

13 jun 2024 - 13h00
(atualizado às 15h02)
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As contas externas brasileiras fecharam em déficit de US$ 1,7 bilhão em abril
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira que a alta recente do dólar ante o real é "momentânea" e que o governo tem confiança de que as cotações irão cair.

Na sessão de quarta-feira, o dólar à vista fechou acima dos 5,40 reais, em meio a forte desconfiança dos investidores com o equilíbrio fiscal do Brasil.

"Nós temos absoluta confiança que o dólar vai cair, isso é uma coisa momentânea", disse ele a jornalistas após participar de evento promovido por um grupo ligado à um fundo soberano da Arábia Saudita.

"Isso é momentâneo, transitório e absoluta confiança que teremos um ano forte de crescimento e inflação sob controle", adicionou ele.

O presidente em exercício chamou a alta do dólar como um movimento equivalente a um espasmo.

"Tenho certeza que a elevação é transitória porque o Brasil tem números e base sólida além de compromisso com a responsabilidade fiscal", disse.

Segundo ele, a elevação do dólar não deve comprometer a trajetória de queda dos juros, iniciada em 2023. Uma nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será realizada na próxima semana.

"A expectativa é que continue caindo e não podemos agir por questões transitórias e espasmódicas, passageiras ", disse.

Alckmin evitou, no entanto, citar um "câmbio ideal" para o Brasil.

Na véspera , o presidente Lula causou um relativo alvoroço ao afirmar que o equilíbrio fiscal se daria por aumento de arrecadação. Nesta quinta-feira, Alckmin procurou amenizar a tensão.

"O governo do presidente Lula tem compromisso com o arcabouço fiscal. A questão da MP (do PIS/Cofins) foi exatamente para poder cumprir a responsabilidade fiscal, um compromisso do governo, e, de outro lado, atender uma decisão do ministro (do STF) Cristiano Zanin", afirmou.

Ele fez também elogios ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem fontes de receita para buscar a meta de déficit fiscal zero este ano.

Questionado sobre cortes de gastos, Alckmin respondeu: "Acabei de falar, melhor eficiência do gasto público possibilitando você fazer mais com menos dinheiro. Imagina os dois lados, um lado receita e outro despesa".

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