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Aliança do Pacífico e Mercosul concordam em aumentar relações econômicas e comerciais

24 jul 2018 - 20h37
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A Aliança do Pacífico e o Mercosul, as maiorias iniciativas de integração da América Latina, concordaram nesta terça-feira em aumentar relações econômicas e comerciais em meio às medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que podem provocar uma guerra comercial global.

Da ameaça de anular acordos comerciais existentes à elevação de tarifas de importação de aço e alumínio, as medidas norte-americanas têm abalado tanto aliados tradicionais quanto rivais.

Na semana passada, Trump disse estar pronto para taxar bens importados da China num valor de 500 bilhões de dólares.

"O objetivo foi fortalecer os vínculos entre os dois blocos comerciais mais importantes da América Latina", disse o presidente do México, Enrique Peña Nieto, durante 13ª Cúpula da Aliança do Pacífico, no balneário mexicano de Puerto Vallarta.

Na quarta-feira, os líderes do bloco Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - devem se unir em defesa do multilateralismo numa reunião em Joanesburgo.

Trump ameaçou várias vezes não seguir com a renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) -integrado também por Canadá e México- mas o enviado do México para as negociações disse esperar que as conversas para modernizar o pacto comercial sejam concluídas nos próximos meses.

Peña Nieto disse que os membros da Aliança do Pacífico - Chile, Colômbia, México e Peru - concordaram com o Mercosul - composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - em explorar novas rotas de cooperação para aumentar a relação econômica e comercial em áreas de interesse comum.

Mas o presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse em entrevista coletiva que espera que o México siga comprometido com a abertura e a integração comercial assim que Andrés Manuel López Obrador assumir como presidente.

Ele acrescentou que, com o Mercosul, passaram de um roteiro de intenções a um plano de ação com metas, prazos e objetivos claros para convergir e "esperançosamente chegar rapidamente a uma grande zona de livre comércio na América Latina".

Presidentes e representantes dos oito países concordaram em facilitar o comércio de bens, aumentar a internacionalização de pequenas e médias empresas, fomentar a economia do conhecimento e gerar mais benefícios para a população, da qual 30 por cento vivem na pobreza.

A Aliança do Pacífico e o Mercosul são os blocos regionais mais povoados, e com maior peso econômico da América Latina.

No fim de 2018 a Aliança do Pacífico pode acrescentar como membros Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Cingapura. O bloco também recebeu pedidos do Equador e da Coreia do Sul para participação no grupo.

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