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Alta da Selic divide opiniões de sindicatos e indústrias

Comitê de Política Monetário do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de 11% para 11,25% ao ano

30 out 2014 - 07h50
(atualizado às 09h19)
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<p>Fachada do Banco Central, em Brasília; na quarta-feira, o BC elevou a taxa básica de juros a 11,25% ao ano</p>
Fachada do Banco Central, em Brasília; na quarta-feira, o BC elevou a taxa básica de juros a 11,25% ao ano
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O aumento da taxa básica de juros (Selic), de 11% para 11,25% ao ano, dividiu opiniões entre sindicatos, federações e associações da indústria e do comércio, embora a maioria delas tenha lamentado a elevação.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, por exemplo, aprovou o aumento da Selic. Por meio de nota disse que a decisão foi correta, “pois a entidade não está plenamente convencida de que o risco do IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] ficar acima da meta tenha sido realmente eliminado”.

“Ao elevar a Selic em 0,25%, a autoridade econômica demonstra agir com prudência, o que a entidade considera positivo. Além disso, o governo sinaliza que já compreendeu as preocupações dos mercados, dos investidores e dos analistas, e indica que vai promover mudanças na condução econômica”, diz a nota.

Já a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) lamentou o aumento. “O crescimento econômico já está baixo, e os juros altos. E agora com a elevação da Selic, emperra ainda mais o crescimento. Mais uma vez o Banco Central desperdiçou uma boa oportunidade para retomar o bom caminho da redução da Selic e, com isso, forçar uma queda maior dos juros e dos spreads [diferenças entre as taxas pagas ao investidor e as que são cobradas nos empréstimos] dos bancos, a fim de baratear o crédito e incentivar o emprego, o desenvolvimento e a distribuição de renda”, disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf.

A Associação Comercial de São Paulo também demonstrou preocupação e divulgou que “o aumento da taxa Selic revela que predominou, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a preocupação com a inflação, apesar do baixo nível da atividade econômica. Isso poderá contribuir para uma desaceleração ainda maior da atividade econômica. O que se espera, agora, é que o governo anuncie um ajuste fiscal crível e rigoroso, que permita ao BC reduzir novamente os juros em sua próxima reunião”, disse Rogério Amato, presidente da associação.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo também criticou o aumento e considerou a elevação uma ameaça ao emprego. “A economia está estagnada e o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá pouco acima de zero [neste ano]. A alta da taxa Selic não só impede qualquer tipo de retomada da atividade econômica no curto prazo, como também derruba ainda mais a confiança de empresas e consumidores, fator este preponderante para retomada futura, pois sem confiança não há investimento. Para 2014, por exemplo, projetamos forte recuo, em cerca de 7% para o investimento”, diz nota assinada pelo presidente da Federação, Paulo Skaf. Para ele, o Brasil precisa “urgentemente” de nova política econômica, baseada no controle do gasto público e não na taxa de juros, para combater a inflação e elevar o crescimento econômico.

A Força Sindical, por sua vez, diz que a alta na Selic sacrifica o crescimento da economia e do PIB. “Elevar a taxa significa que o governo continuará usando os juros altos para conter a inflação (o IPCA é estimado em 6,45% este ano), sacrificando o crescimento da economia e o PIB (estimado em 0,27%)”, diz nota da central sindical, assinada por seu presidente, Miguel Torres.

“Esta situação é ruim para os trabalhadores, porque sem crescimento econômico sustentado [os empresários] são obrigados a adiar os planos de ter empregos de qualidade, com bons salários que proporcionem boa qualidade de vida. Esperamos que nos próximos anos o governo consolide, definitivamente, a política econômica orientada para o desenvolvimentismo”, acrescentou.

Agência Brasil Agência Brasil
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