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Alta no preço de combustíveis: existe um horário certo para abastecer o carro e economizar?

Além de procurar pelo menor preço, qualidade do combustível e conveniência, muitos recorrem à ciência na hora de abastecer

18 fev 2025 - 04h59
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Bocal de bomba para abastecimento de combustível em posto de Brasília.
Bocal de bomba para abastecimento de combustível em posto de Brasília.
Foto: Reuters

O preço médio da gasolina está acima de R$ 6,37 no Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com o valor na bomba nas alturas, resta aos consumidores fazer cálculos e utilizar estratégias para economizar. Além de procurar pelo menor preço, qualidade do combustível e conveniência, muitos recorrem à ciência. 

É comum escutar entre motoristas que, pela noite, o combustível fica mais “frio” e, portanto, mais denso, fazendo com que se ganhe alguns mililitros a mais por litro. Mas, afinal, isso é mito ou verdade? Para alguns especialistas não há evidência suficiente de que isso seja válido. Para outros, no entanto, é uma estratégia válida.

“Os tanques dos postos ficam subterrâneos e sofrem pouca variação de temperatura ao longo do dia, tornando a diferença de densidade irrisória. Mesmo que houvesse alguma diferença, dificilmente ela traria variações significativas ao preço e ao consumo diário que justificasse qualquer estratégia de abastecimento ligada a horário”, diz Bruno Oliva, pesquisador e economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Douglas Pina, diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil, por sua vez, diz que a diferença é pequena em um único abastecimento, mas a longo prazo, dar prioridade ao abastecimento no período da noite pode trazer alguma economia. Ele lembra que um estudo divulgado em 2018 pela Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba, comprovou que a temperatura influencia na densidade do combustível, afetando seu volume e rendimento. 

“Durante o dia, especialmente em horários de maior calor, a gasolina se expande dentro do tanque, ocupando mais espaço, mas sem aumentar sua energia disponível. Com isso, o motorista pode estar pagando por uma quantidade que, na prática, vai render um pouco menos. Já de manhã cedo ou à noite, quando normalmente a temperatura está mais baixa, o combustível fica mais compacto e o consumidor recebe a quantidade mais próxima do que está pagando”, explica Pina. 

Segundo os especialistas consultados pelo Terra, porém, para saber se está realmente economizando, o ideal é monitorar os preços ao longo do dia e verificar se há uma diferença significativa entre abastecer de manhã, à tarde ou à noite.  Além de ficar atento ao preço, é importante identificar qual combustível vale mais a pena no momento. 

Mesmo em cidades pequenas, os preços costumam variar de posto para posto. Em cidades maiores, como São Paulo e Rio de Janeiro, essas diferenças podem ser significativas em alguns casos. Na prática, segundo Bruno Oliva, diversos fatores contribuem para a variabilidade existente nos preços cobrados pelo mesmo combustível entre postos do mesmo município. Ele cita alguns:

  • custo de aquisição, 
  • capacidade de armazenamento e margem de lucro; 
  • características do mercado local, como nível e concentração de atividade econômica, população residente, renda média, perfil e hábitos do consumidor; 
  • preços e impostos dos imóveis e terrenos; 
  • localização, fluxo de veículos, proximidade e concorrência com outros estabelecimentos; etc.

“É importante ficar por dentro do noticiário, especialmente de anúncios do Governo Federal e da política de preços da Petrobras, possibilitando que o consumidor/motorista possa se programar e tomar melhores decisões – seja antecipando ou postergando, seja economizando ou sendo mais flexível quanto ao consumo diário e mensal’, acrescenta Oliva.

Lula culpa Estados e postos por aumento do combustível 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na segunda-feira, 17, que a população é "assaltada" pelos intermediários na cadeia de distribuição de combustíveis. Ele defendeu que a Petrobras venda diesel, gasolina e gás diretamente a grandes consumidores. Lula deu as declarações em Angra dos Reis (RJ) durante cerimônia que anunciou a licitação para a compra de navios para a Transpetro.

"O povo não sabe que a gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04 e que na bomba ela é vendida a R$ 6,49. Ou seja, é vendida pelo dobro do que ela sai da Petrobras. Mas quando sai o aumento, o povo pensa que foi a Petrobras que aumentou. E nem sempre é a Petrobras, porque cada Estado e cada posto têm liberdade de aumentar na hora que quer. E os impostos pagos são ICMS para os Estados, como ICMS que teve agora", afirmou o petista.

Fonte: Redação Terra
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