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Ana Botín é eleita presidente do Santander após morte do pai

Emilio Botín morreu aos 79 anos na noite de terça-feira, de ataque cardíaco

10 set 2014 - 14h43
(atualizado às 14h45)
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Ana Patricia Botín assume a presidência do banco Santander após a morte do pai, Emilio Botín
Ana Patricia Botín assume a presidência do banco Santander após a morte do pai, Emilio Botín
Foto: Paul Hackett/Reuters

O Conselho de Administração do banco Santander elegeu, por unanimidade, Ana Patricia Botín presidente da instituição financeira, após a morte de seu pai, Emilio Botín, na noite de terça-feira. O banco informou nesta quarta-feira a decisão à Comissão de Valores Mobiliários espanhola.

“A comissão de nomeações e atribuições considerou que Ana Botín é a pessoa mais idônea, dadas suas qualidades pessoais e profissionais, sua experiência, sua trajetória no grupo e seu unânime reconhecimento nacional e internacional”, diz a nota.

No informe, Ana Botín agradeceu “a confiança do conselho de administração” num momento “tão difícil” para sua família. “Assumo com total compromisso minhas novas responsabilidades”, disse a nova presidente do Santander.

O Santander do Reino Unido disse que seu conselho se reunirá na próxima semana para escolher um novo presidente-executivo após Ana Botín, que chefiava o braça britânico do banco, ter sido escolhida para presidir o Conselho do Grupo.

O banco britânico do Santander disse que Nathan Bostock, seu vice-presidente, que entrou para o banco no mês passado, será responsável por supervisionar as operações e a estratégia na fase de transição. Bostock é considerado o favorito para suceder Ana Botín como chefe no Reino Unido.

Emilio Botín

Um dos homens mais poderosos da Espanha e que transformou o Santander de um pequeno banco doméstico no maior banco da zona do euro, Emilio Botín morreu, na noite de terça-feira, de um ataque cardíaco, aos 79 anos.

<p>Emilio Botín durante uma reunião dos acionistas do banco Santander na Espanha</p>
Emilio Botín durante uma reunião dos acionistas do banco Santander na Espanha
Foto: Vincent West / Reuters

Emilio Botín, chamado de "El Presidente" pelos colegas de trabalho e terceiro da geração Botín a comandar o Santander, esteve à frente da investida para criar um banco global, oferecendo serviços múltiplos a empresas multinacionais e uma gama de serviços aos consumidores.

Ele dirigiu seu olhar afiado para negócios para divulgar a marca do Santander ao redor do mundo, somando 1,4 trilhão de euros (US$ 1,8 trilhão) em fundos e cerca de 200 mil funcionários.

"Ele foi um homem capaz de fazer o Banco Santander se tornar o banco mais importante de nosso País", afirmou o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, a jornalistas no Parlamento.

"Eu tive uma reunião com ele na semana passada e ele estava bem e em boa forma. Foi uma surpresa e um golpe."

Brasil

Emilio esteve em julho deste ano no Brasil. Na ocasião, o então presidente disse, durante um evento no Rio de Janeiro, que um informe do banco que relacionava a melhora da presidente Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto à presidência com uma piora na economia não expressava a opinião da instituição.

Emilio também afirmou que o material tinha sido produzido por um analista sem consultar a direção do banco.

Fonte: Terra
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