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Após balanços das siderúrgicas, corretoras fazem novas apostas

Casas já começam a remanejar as apostas e as estratégias de investimentos; perspectiva do mercado para Bolsa é positiva

23 fev 2019 - 04h10
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A perspectiva de melhora da economia neste ano mantém otimista a visão dos investidores sobre o setor siderúrgico. No entanto, com a divulgação dos resultados financeiros das empresas, neste mês, algumas corretoras já começam a remanejar as apostas e as estratégias de investimentos.

"Após a divulgação dos balanços trimestrais das três siderúrgicas sob nossa cobertura (Usiminas, CSN e Gerdau), podemos assumir que a CSN divulgou os melhores números consolidados para a temporada. Assim, considerando os resultados do quarto trimestre e a indústria siderúrgica nacional, vemos a CSN com o melhor momento operacional de curto prazo, devido a sua maior exposição ao segmento de mineração, cujo preço do minério manteve-se em trajetória de alta desde dezembro", afirmam os analistas do Santander.

O Santander destaca que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,560 bilhão da CSN ficou 7% acima de suas expectativas e 10% acima do consenso de analistas, impulsionado, principalmente, por bons resultados na divisão de minério de ferro e siderúrgica, que se beneficiou de um melhor mix de vendas. Por outro lado, de acordo com o banco, Gerdau e Usiminas divulgaram tímidos resultados trimestrais, que ficaram 7% e 20% abaixo das suas projeções, respectivamente.

"Vale ressaltar, contudo, que as ações da CSN já se valorizaram cerca de 18% desde a divulgação do resultado, considerando o preço atual", afirmam os analistas do Santander.

Pedro Galdi, analista de investimento da Mirae Asset, diz que o cenário para siderurgia segue totalmente atrelado à recuperação da economia doméstica. Ele destaca que existe espaço para a CSN e Usiminas reajustarem preços no curto prazo. Já o minério de ferro, afirma, segue com importância para o ano, principalmente para a CSN, visto o seu porte mais expressivo neste segmento.

"Seguimos com recomendação de compra para Usiminas e Gerdau e neutra para CSN. O alto endividamento da CSN ainda é fator para a recomendação diferenciada", explica Galdi.

Desde o início do mês o Bradesco BBI mantém Gerdau como top pick. A Terra Investimentos também tem Usiminas em sua lista de recomendações. Na carteira semanal, a Nova Futura retirou Gerdau e colocou no lugar Usiminas. O analista Alexandre Faturi diz que não houve alterações na estratégia, mas explica que há novos condicionantes de relevância.

"Nossa preferência permanece sendo a CSN desde o início de 2019, quando retiramos Usiminas por razões atreladas à redução na demanda por aço no mercado doméstico, especialmente por pressões advindas da indústria automobilística", explica Faturi.

Ele lembra que a CSN apresentou uma forte geração de caixa operacional, além de redução do seu endividamento. E comenta que devido a sua sinergia e integração vertical nas cadeias de atuação, a presença no mercado de minério de ferro deve ajudar a companhia a reduzir ainda mais o seu endividamento, considerando a redução na oferta global de minério de ferro e forte apreciação do minério.

Entre as mudanças das carteiras para a semana em outros setores, a Guide colocou Weg e Pão de Açúcar. Modalmais passou a recomendar Petrobras, Itaú, Vale, Localiza e Ambev. Na Mirae Asset entrou Cosan, CCR, Cteep e Sul América.

Termômetro

As perspectivas do mercado financeiro para o Ibovespa na semana que vem seguem positivas no Termômetro Broadcast Bolsa. Embora a expectativa de alta tenha recuado ante a pesquisa anterior, a projeção de queda caiu sensivelmente, enquanto a de estabilidade ganhou terreno.

O Termômetro tem por objetivo captar o sentimento de operadores, analistas e gestores para o comportamento do índice na semana seguinte.

Entre 26 participantes, 50,00% acreditam em avanço, ante 60,00% na pesquisa anterior; 38,46% veem estabilidade, de 13,33% na semana passada; e para 11,54%, o índice fechará a próxima semana com perdas, ante 26,67% no último levantamento. A Bolsa apurou alta de 0,37% nesta semana.

No âmbito doméstico, a reforma da Previdência continua no centro das atenções. Na terça-feira (26), a expectativa é pela instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, por onde o texto começará a tramitar numa longa jornada pelo Congresso até a conclusão da votação no plenário do Senado. No mesmo dia, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, haverá sabatina do indicado para assumir a presidência do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Entre os indicadores, o destaque é a divulgação do PIB do quarto trimestre e de 2018, na quinta-feira (28). "Esperamos ligeira alta de 0,1% na margem, reforçando a trajetória de recuperação bastante gradual da economia. Caso o número se confirme, o PIB terá acumulado elevação de 1,1% no ano passado", disseram os economistas do Bradesco.

No exterior, o período para o fechamento de um acordo entre a China e os Estados Unidos entra na reta final, uma vez que na sexta-feira (1º) termina a trégua comercial na cobrança das tarifas de importação mútuas. A expectativa é de que esse prazo seja prorrogado.

Estadão
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