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Após pesquisa mostrar Dilma à frente de Aécio, dólar sobe 1%

A moeda americana fechou com alta de 1,28%, a R$ 2,46 reais na venda

20 out 2014 - 18h26
(atualizado em 21/10/2014 às 08h39)
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<p>Segundo dados da BM&F, o giro financeiro no mercado à vista ficou em torno de US$ 830 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões)</p>
Segundo dados da BM&F, o giro financeiro no mercado à vista ficou em torno de US$ 830 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões)
Foto: Siphiwe Sibeko (SOUTH AFRICA - Tags: BUSINESS POLITICS) / Reuters

O dólar fechou em alta acima de 1% sobre o real nesta segunda-feira, após a pesquisa de intenção de voto CNT/MDA mostrar a presidente Dilma Rousseff (PT) em vantagem numérica contra o senador Aécio Neves (PSDB) - seu rival na disputa - mas em empate técnico, a poucos dias do 2º turno das eleições presidenciais.

A moeda americana fechou com alta de 1,28%, a R$ 2,46 reais na venda, depois de atingir R$ 2,4658 na máxima, nos últimos negócios da sessão.

A primeira pesquisa CNT/MDA divulgada após o 1º turno mostrou Dilma com 50,5% e Aécio com 49,5% dos votos válidos no 2º turno, marcado para o próximo domingo. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais.

Além disso, a rejeição aos dois candidatos está muito parecida: a presidente tem 40,7% e o tucano, 41%.

Deve sair ainda nesta segunda-feira o próximo levantamento do Datafolha, que é mais acompanhado pelos investidores junto com o Ibope.

'O mercado está com medo'

A presidente e o tucano vêm aparecendo em empate técnico nas últimas pesquisas de intenção de voto. A incerteza sobre o resultado das eleições tem injetado volatilidade nos mercados domésticos, que preferem o tucano por prometer uma política econômica mais ortodoxa.

"O mercado está com medo de que o Aécio esteja começando a entrar numa trajetória de queda", afirmou o gerente de câmbio da corretora Advanced, Celso Siqueira.

Outro especialista afirma que o mercado ficará "pensativo" daqui até o domingo, 25 de outubro, data do 2º turno das eleições.

"Daqui até domingo, o mercado vai refletir as apostas sobre o resultado (da eleição) e todo o resto vai ser secundário", afirmou o operador de câmbio da corretora Intercam, Glauber Romano.

Baixa liquidez

Tanto no mercado à vista quanto no futuro, o volume de negociações ficou bastante abaixo da média, refletindo a relutância dos investidores em montar posições sem saber qual será a reação do mercado após a eleição, no domingo.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro no mercado à vista ficou em torno de US$ 830 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões), contra a média de US$ 1,5 bilhão desde o início do mês. Já no mercado futuro, foram negociados cerca de 200 mil contratos, abaixo da média diária de outubro de cerca de 390 mil contratos.

"Parte do motivo por que o movimento (do câmbio) foi tão forte hoje foi a baixíssima liquidez. Qualquer negócio, por menor que seja, acaba fazendo preço", disse o operador de câmbio de uma corretora internacional, sob condição de anonimato.

Pela manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 2,7 mil contratos para 1º de junho e 1,3 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,5 milhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 62% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões de dólares.

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