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Após queda acentuada pela manhã, Bovespa fecha estável

No cenário doméstico, o mercado permaneceu sensível a temores sobre um eventual racionamento de energia

27 jan 2015 - 18h21
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<p>O balanço está deixando o papel volátil e, como ela (Petrobras) tem um peso enorme, acaba ajudando a bolsa, disse Hersz Ferman, economista da Elite Corretora</p>
O balanço está deixando o papel volátil e, como ela (Petrobras) tem um peso enorme, acaba ajudando a bolsa, disse Hersz Ferman, economista da Elite Corretora
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Depois de perdas intensas pela manhã e uma tarde volátil, a bolsa paulista fechou estável nesta terça-feira, com a alta das ações da Petrobras compensando a pressão exercida pelo cenário internacional.

O Ibovespa teve variação positiva de 0,03%, a 48.591 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,7 bilhões. O dia negativo dos principais mercados acionários mundiais acabou arrastando a bolsa brasileira para baixo durante boa parte do pregão, com o Ibovespa chegando a cair 2,5% no pior momento do dia.

As bolsas europeias recuaram com incertezas sobre a Grécia. Já o mercado acionário americano sofria com resultados corporativos fracos e a queda nas encomendas de bens duráveis em dezembro, em sinal potencial de que a desaceleração global e a queda dos preços do petróleo podem estar afetando a maior economia do mundo.

Na China, os lucros das indústrias recuaram 8% em dezembro, pior performance em ao menos um ano, completando o quadro desfavorável no exterior e para as commodities.

Do lado doméstico, o mercado permaneceu sensível a temores sobre um eventual racionamento de energia.

Sobe e desce das ações

As ações preferenciais da Petrobras chegaram a cair 3,83% na mínima nesta terça-feira, mas especulações sobre o resultado do terceiro trimestre, que deve ser divulgado ainda nesta terça-feira, levaram à sua súbita disparada durante a tarde, com alta de 4,64% no melhor momento do dia. Os papéis fecharam em alta de 2,62%, puxando para cima a bolsa como um todo.

"O balanço está deixando o papel volátil e, como ela (Petrobras) tem um peso enorme, acaba ajudando a bolsa", disse Hersz Ferman, economista da Elite Corretora. Analistas estão cautelosos e incertos sobre os números da estatal, uma vez que a Petrobras pode reconhecer uma significativa baixa contábil, em meio ao impacto da operação Lava Jato da Polícia Federal.

A construtora e incorporadora PDG Realty recuou com força pelo segundo dia consecutivo, com operadores citando perspectivas pouco animadores para os seus resultados do quarto trimestre.

Os papeis da Hering foram destaque de queda, com recuo 6,66%, após a varejista de moda divulgar queda de 3,8% nas vendas no quarto trimestre em lojas abertas há mais de 12 meses e aumento modesto de 0,5% na receita bruta.

A operadora Oi foi outro expoente de baixa, após expressivos ganhos na semana passada. Na ponta positiva apareceram as ações da JBS e da Sabesp, além da Petrobras.

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