Após reunião do Copom, Brasil sobe para 2º lugar em ranking de maiores juros reais do mundo
O país está muito acima da média mundial de juros reais, em 0,63%, que considera a taxa descontada a inflação em 40 países
O Brasil subiu para o segundo lugar no ranking de maiores juros reais do mundo, com 7,33%, após o aumento da Selic pelo Copom.
O Brasil subiu um posição no ranking dos maiores juros reais do mundo, após a divulgação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que aumentou a Selic em 25 pontos-base. Com isso, o país agora está listado como o segundo maior juros reais dentre 40 países, de acordo com cálculo mantido pela organização MoneYou.
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O juros real considera a inflação projetada para os próximos 12 meses, de 4,10%, com base no relatório Focus, e a taxa de juros de Depósito Interbancário (DI) a mercado também dos próximos 12 meses no vencimento mais líquido.
Analisando esses fatores, a taxa de juro real brasilera é de 7,33% e fica atrás apenas da Rússia --que tem juro real de 9,05%. Turquia (5,47%), México (5,45%) e Indonésia (4,37%) fecham os cinco maiores juros reais do mundo.
A taxa brasileira fica bem acima da média de juros real mundial, que está em 0,63%, considerando 40 países.
Na lista de juros nominais, ou seja, que não considera os efeitos da inflação, o Brasil aparece em quarto lugar, com os 10,75% definidos na quarta-feira, 18, pelo Copom. O país divide a posição com Colômbia e México. Acima deles está a Turquia (50%), Argentina (40%) e Rússia (19%).
O relatório da MoneYou destaca que o movimento global de "aperto monetário" perdeu forças. Dos 166 países analisados, 64,46% mantiveram os juros, 3,01% elevaram e 32,53% cortaram. No Ranking, entre 40 países, 45,00% mantiveram, enquanto 2,50% elevaram as taxas e 52,50% cortaram.