Arcabouço será avaliado no Senado na próxima terça, diz Pacheco; Haddad tenta evitar 'surpresas'
Relator do projeto, Omar Aziz afirma estar em diálogo com a Câmara sobre eventuais mudanças no texto; Tebet pediu celeridade a senadores
O projeto do arcabouço fiscal será avaliado pelo Senado Federal na próxima terça-feira, disse o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Após reunião com lideranças no Senado e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Pacheco confirmou que o texto será analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira e levado a Plenário na sequência.
"Foi uma reunião produtiva e esperamos que, na próxima semana, a CAE possa apreciar o projeto. Apreciado na comissão, vamos levar diretamente ao plenário para o Senado aprovar rapidamente", disse.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que foi ao Senado prestar esclarecimentos técnicos sobre eventuais mudanças no texto e defendeu o diálogo com a Câmara para "evitar surpresas". "Viemos prestar esclarecimentos técnicos sobre a repercussão de cada mexida", disse. "Se porventura (o texto) voltar para a Câmara, queremos que isso seja visto como um gesto de aprimoramento."
Celeridade
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o governo pediu aos senadores que o Congresso aprove a nova regra fiscal o mais rapidamente possível. Segundo ela, a aprovação é necessária para que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) avance.
A ministra mencionou a possibilidade de o dispositivo precisar ser debatido também no segundo semestre e disse que a proposta de LDO poderá ser adequada à regra fiscal por uma mensagem modificativa do Planalto.
"O Ministério do Planejamento esclareceu para a classe política que, temporariamente, a ficar o IPCA (período de medição da inflação) da forma como veio da Câmara, nós precisaremos mandar na proposta de Orçamento uma compressão de espaço fiscal com despesas de R$ 32 bilhões a R$ 40 bilhões a depender dos cálculos que forem feitos", declarou a ministra.