Argentina: mudança de jurisdição não quebra contrato
Projeto de lei estabelece que Banco Nación substituirá o Bank of New York Mellon como agente de pagamento dos títulos
O plano do governo argentino de honrar em Buenos Aires o pagamento de seus bônus para se esquivar de um bloqueio judicial nos Estados Unidos não implica em desrespeitar o contrato referente aos títulos, disse nesta quarta-feira o ministro da Economia, Axel Kicillof.
Kicillof explicou em uma entrevista à imprensa que as condições da emissão dos títulos permitem ao país trocar o agente dos pagamentos se este não cumprir com seu papel.
O projeto de lei que a presidente Cristina Kirchner enviou ao Congresso estabelece que o estatal Banco Nación substituirá o Bank of New York Mellon (BNY) como agente de pagamento dos títulos sob lei estrangeira.
O BNY se recusou a processar o pagamento de um bônus que venceu no fim de junho para cumprir ordem judicial que impede o país de pagar seus compromissos financeiros no exterior sem antes compensar os hedge funds que ganharam disputa judicial relacionada a seu default em 2002.