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Arrecadação federal sobe 4,74% em 2018, melhor dado desde 2014, diz Receita

24 jan 2019 - 10h45
(atualizado às 11h21)
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A arrecadação do governo federal fechou 2018 em 1,457 trilhão de reais, aumento real de 4,74 por cento sobre 2017, no melhor resultado para o ano desde 2014, embalado pela melhoria da atividade econômica, que impactou positivamente os tributos relacionados a consumo, produção industrial e importações.

Foto: Reuters

O desempenho também foi ajudado pela forte alta na arrecadação com royalties de petróleo no ano, conformade dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira.

A linha de receitas administradas por outros órgãos -- que é sensibilizada sobretudo pelos royalties -- teve um crescimento real de 51,79 por cento no ano passado, a 58,214 bilhões de reais.

Enquanto isso, a alta nas receitas administradas pela Receita Federal, que englobam os impostos, foi de 3,41 por cento na mesma base de comparação, a 1,399 trilhão de reais.

Já em dezembro a arrecadação caiu 1,03 por cento sobre um ano antes, a 141,529 bilhões de reais, no pior desempenho mensal registrado em 2018.

No ano, a arrecadação só ficou negativa no último mês e em novembro, quando recuou 0,27 por cento sobre igual mês de 2017.

O dado de dezembro também veio abaixo de estimativa de 143,8 bilhões de reais, apontada em pesquisa Reuters junto a analistas.

Ele foi afetado sobretudo pela queda de 14,85 por cento na receita com Imposto de Renda Retido na Fonte-Rendimentos de Capital (-1,713 bilhão de reais) e pela retração de 4,12 por cento sobre dezembro do ano anterior com Cofins/PIS-Pasep (-1,098 bilhão de reais).

Na análise anual, os destaques positivos foram o salto de 12,37 por cento na arrecadação com Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social sobre Lucro Líquido (+24,688 bilhões de reais) e de 6,78 por cento com Cofins/PIS-Pasep (+19,772 bilhões de reais).

Também chamaram a atenção o crescimento de 21,58 por cento com Imposto de Importação/IPI-Vinculado no ano (+10,566 bilhões de reais) e de 18,83 por cento com Imposto de Renda Retido na Fonte-Rendimentos de Residentes no Exterior (+5,241 bilhões de reais).

O governo já vinha apontando que a alta na arrecadação o ajudaria a cumprir a meta de déficit primário de 2018, de 159 bilhões de reais, e que o recolhimento de tributos vinha demonstrando um vigor maior que o da atividade econômica.

Na pesquisa Focus mais recente, feita pelo BC junto a uma centena de economistas, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescido 1,28 por cento em 2018, e que vá acelerar a alta a 2,53 por cento neste ano.

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