As tarifas já começam a cobrar seu preço — e o primeiro grande impacto foi no petróleo
O preço do barril já está abaixo dos 60 dólares. Se esse cenário continuar, pode desencadear um verdadeiro choque de oferta — afetando diretamente dois gigantes da produção global: Rússia e Arábia Saudita
Em resposta à escalada das tarifas pelos Estados Unidos, a China decidiu reagir com força: impôs uma tarifa de 84% sobre todas as importações norte-americanas. A medida, agressiva, já fez sua primeira vítima no fogo cruzado entre as potências — o mercado do petróleo.
Queda nos preços
O valor do barril já está abaixo dos 60 dólares — e continua caindo. Segundo o especialista em energia Javier Blas, o setor vive uma verdadeira "tempestade perfeita". De um lado, a demanda global está em queda por causa da guerra comercial.
Do outro, a OPEP+ decidiu, dias atrás, manter a produção em alta, o que pressiona ainda mais a oferta. O resultado é um risco crescente de colapso no equilíbrio do mercado, com impacto direto em dois gigantes do setor: Rússia e Arábia Saudita.
A situação é ainda mais complexa
Mesmo com os preços em queda e os temores de uma desaceleração global, a OPEP+ optou por ampliar a produção. O objetivo era recuperar a fatia de mercado perdida em cortes anteriores. A estratégia, no entanto, esbarra em outro problema: países que não fazem parte da organização seguem aumentando sua produção — e alguns membros também estão ignorando os limites de produção previamente acordados. Tudo isso amplia ainda mais a oferta em um momento já frágil para o setor.
A conta vai sair cara
Entre os grandes afetados por essa crise está a Arábia Saudita. O país, que tenta diversificar sua economia com a iniciativa Visão 2030, ainda depende fortemente do petróleo para financiar projetos...
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