Auditoria do BRB no Master precisa de mais tempo e deve terminar na próxima semana
Até aqui, tudo indica que o banco público do Distrito Federal deve excluir R$ 33 bilhões em ativos da instituição privada para formalizar negócio, que ainda depende do BC
A auditoria do BRB sobre o balanço do Banco Master vai precisar de mais tempo e deve terminar na próxima semana, e não mais nesta, segundo informaram ao Estadão/Broadcast pessoas que participam das discussões. Até aqui, tudo indica que o banco público do Distrito Federal deve excluir da operação R$ 33 bilhões em ativos da instituição privada. O negócio ainda depende da autorização do Banco Central.
Procurado, o BRB não retornou até a publicação desta reportagem. Segundo pessoas envolvidas nas conversas, os trabalhos estão em fase final e não houve surpresas quanto ao balanço do Master. Com isso, o "good bank", como informalmente é tratada a fatia do banco que ficará com o BRB, está praticamente definido.
No momento, os documentos que mostrarão os ajustes e o escopo exato do que o BRB levará estão sendo revisados. Inicialmente, previa-se que a auditoria terminasse nesta semana. De acordo com pessoas a par da negociação, o aumento do prazo é normal devido ao tamanho do trabalho, e não houve fatores específicos que fizessem com que atrasasse.
Duas pessoas que acompanham o caso de perto afirmam também que o desenho do novo BRB, somado aos ativos do Master, será alterado, uma vez que toda a estratégia será revista pelo Banco Central sob a luz do que foi encontrado na diligência feita para o BRB pela PwC e pelo escritório Lefosse.
O BRB não ficará com a carteira de precatórios do Master, considerada pouco líquida. Essa baixa liquidez é o que explica a operação para separar os ativos bons dos ruins, porque o Master formou o portfólio através de captações bancárias feitas entre investidores no mercado.
O Master tem de honrar R$ 7,6 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs) no primeiro semestre deste ano.
