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Aumento dos casos de coronavírus no Brasil muda rotina dentro das empresas

Adoção do trabalho remoto, substituição das reuniões presenciais por chamadas de videoconferência, campanhas de prevenção, quarentena para quem volta do exterior e distribuição de cartilha são algumas das medidas tomadas pelas companhias

12 mar 2020 - 05h16
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A pandemia do coronavírus mudou a rotina das empresas brasileiras. Suspensão de congressos, viagens canceladas, funcionários trabalhando de casa, campanhas de prevenção, distribuição de álcool gel, reuniões por videoconferência, quarentena para quem voltar do exterior e fim de visitas têm sido as principais medidas adotadas.

Só nos últimos dois dias, TIM, Gerdau e Cosan suspenderam eventos importantes que promoveriam nos EUA. Já o Google cancelou evento que reuniria 10 mil mulheres no Ginásio do Ibirapuera e a Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), um congresso marcado para este mês em São Paulo.

O Google ainda ofereceu aos funcionários locais opção de trabalhar de casa, medida adotada também pelo Facebook até 10 de abril.

A Toyota distribuiu aos funcionários de suas três fábricas um guia sobre o covid-19 e fechou os centros de visitação dessas unidades até o fim do mês. A FCA Fiat Chrysler reduziu o número de acessos às fábricas "ao necessário às funções operacionais".

A partir de segunda-feira, 16, os funcionários da EDP farão um rodízio em que parte trabalha nas unidades da empresa de energia e parte, em casa. A medida está prevista para os próximos seis meses. "Uma possível disseminação do coronavírus seria um grande teste de gestão de crise para as empresas que atuam no Brasil", diz o diretor de Gestão de Risco da EDP, Vanderlei Ferreira. A empresa também montou um comitê de gestão de crise para preparar ações de prevenção e já adquiriu 5 mil máscaras.

Escritório fechado

O escritório da Mastercard, em São Paulo, que teve um caso de contaminação, ficou fechado um dia para higienização e os funcionários podem optar por trabalhar em casa. Na XP, que teve dois casos, os procedimentos de higienização foram intensificados. Na CSN, também com um caso, a empresa pediu para os funcionários seguirem as recomendações do Ministério da Saúde.

Desde quarta, 11, o iFood passou a incentivar o home office e as reuniões internas e com fornecedores passaram a ser por videoconferência.

Já a Nestlé pede a qualquer funcionário que tenha viajado para áreas de risco nos últimos 14 dias para trabalhar de casa por duas semanas. Na ABB, funcionários que estiveram em determinadas regiões do mundo também foram instruídos a ficar de quarentena em casa.

Além de espalhar álcool gel por todas as áreas das duas fábricas e escritórios, a Ford reforçou o padrão de limpeza dos prédios e dissemina informações sobre o assunto por meio de canais de comunicação interna.

Nas unidades da Volkswagen, qualquer executivo ou operário tem de passar em avaliação no ambulatório médico antes de viajar para receber orientações e encaminhamento para vacinação contra influenza (gripe comum). Após a viagem, o funcionário deve trabalhar de casa por duas semanas.

A General Motors também adota restrições de viagens e prática de quarentena para quem esteve em algum dos países foco das epidemia.

O escritório de advocacia L.O. Baptista antecipou a campanha de vacinação da gripe e uma equipe de saúde vai vacinar os funcionários. A empresa está criando uma linha direta para as pessoas reportarem situações de risco relacionadas ao Covid-19. / CLEIDE SILVA, MÔNICA SCARAMUZZO, RENÉE PEREIRA, MÁRCIA DE CHIARA, BRUNO CAPELAS, BRUNO ROMANI, MARIANA DURÃO, LUCIANA COLLET, ANA LUIZA CARVALHO E FABIANA HOLTZ

Estadão
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