Auxílio a caminhoneiros pode ser abandonado, diz ministro
"Entendo que essa reação negativa pode fazer com que o auxílio não aconteça", afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta quarta-feira que o governo pode desistir da ideia de conceder um auxílio de 400 reais a caminhoneiros, após reação negativa da categoria.
Tarcísio disse ainda, em entrevista à Jovem Pan, que a paralisação dos caminhoneiros anunciada para o dia 1º de novembro não deve ter grande mobilização.
"Pode acabar sendo abandonada", disse o ministro, questionado sobre a ideia do auxílio de 400 reais.
"A gente não sabe. Houve uma reação negativa da categoria. Entendo que essa reação negativa da categoria pode fazer com que o auxílio simplesmente não aconteça", afirmou.
Tarcísio reconheceu que os 400 reais renderiam pouco em combustível ou em capacidade de rodagem, mas ponderou que para muitos dos caminhoneiros autônomos o auxílio poderia oferecer um acréscimo proporcionalmente significativo da renda. Argumentou, ainda, que era um esforço fiscal que o governo estava disposto a fazer.
Sobre a paralisação prevista para novembro, o ministro sustentou que a categoria não tem uma posição unificada e destacou que tem conversado com os caminhoneiros. Afirmou, no entanto, que o fato de as lideranças serem difusas dificulta o processo.
"A gente percebe uma clara divisão, muita gente querendo trabalhar porque o mercado está aquecido. Estamos em um momento de preparo para a safra, muita gente trabalhando, porque é um momento de levar renda para casa", argumentou.
Segundo o ministro, o governo tem tomado as medidas possíveis e tem explicado sua "limitação" em enfrentar "alguns problemas".
"Então, não acredito em um grande movimento (de paralisação). A gente vai superar isso tranquilamente, não há motivo para preocupação", acrescentou.
Representantes de caminhoneiros decidiram pelo estado de greve após os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis.