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Azul e Gol fazem acordo que propõe fusão e deve criar gigante da aviação

Documento assinado pela Azul e pela Abra, controladora da Gol, prevê uma combinação de negócios das duas companhias aéreas no Brasil; na união, seriam mantidas as duas marcas

15 jan 2025 - 20h45
(atualizado às 22h42)
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A Azul e a Gol informaram, por meio de fato relevante, que a Abra e a Azul assinaram, nesta quarta-feira, 15, um memorando de entendimentos (MoU) não vinculante com o objetivo de "explorar uma combinação de negócios das duas companhias aéreas no Brasil".

O CEO da Azul, John Rodgerson, disse ao Estadão/Broadcast, horas depois, que a fusão com a Gol criará uma empresa mais forte — "que qualquer governo deve ter orgulho de (ver)" — e tem chance de ser concluída em 2025, mais para o final do ano.

A companhia resultante da combinação, afirmou Rodgerson, deve ser uma corporation, ou seja, sem controle definido, sem um dono. O conselho terá três membros da Abra, três da Azul e três independentes.

De acordo com a Gol, o acordo anunciado nesta quarta-feira, 15, representa uma fase inicial de um processo de negociação entre a Abra, que a controla, e a Azul para explorar a viabilidade de uma possível transação. A companhia disse também que isso não tem impacto na estratégia, na condução dos negócios ou nas operações rotineiras da Gol e que continua focada em concluir as etapas restantes dos seus procedimentos do Chapter 11 (medida da legislação dos EUA semelhante à recuperação judicial), com o objetivo de emergir de seu processo de reestruturação como uma companhia independente e capitalizada.

Conforme o MoU, a transação estaria sujeita à consumação do plano de reorganização da Gol, além de outras condições e aprovações. Caso a transação seja consumada, é esperado que as duas companhias mantenham suas marcas e seus certificados operacionais de forma independente.

Fusão entre a Azul e a Gol é discutida há meses
Fusão entre a Azul e a Gol é discutida há meses
Foto: Hélvio Romero/Estadão / Estadão

"A Abra e a Azul também concordaram no MoU com um princípio comercial de que qualquer combinação resultará em uma alavancagem líquida (o grau de endividamento) da entidade combinada que será pelo menos comparável à alavancagem líquida da Gol imediatamente antes do fechamento da potencial transação", diz o documento.

A Azul afirma ainda que o MoU descreve os entendimentos das partes sobre a governança da entidade resultante da operação e reforça o interesse das empresas em continuar as negociações em relação à proposta de troca de ações e outras condições.

Se a transação for implementada, a Azul e a Gol manterão seus certificados operacionais segregados sob uma única entidade resultante listada, sendo esperado que outras áreas sejam combinadas para oferecer mais oportunidades e produtos aos clientes e obter ganhos de eficiência.

O fechamento da operação está sujeito à concordância entre a Abra e a Azul quanto aos termos econômicos da operação, à conclusão satisfatória da due diligence (um levantamento de informações sobre a situação da empresa para embasar a tomada de decisão), à celebração de acordos definitivos, à obtenção de aprovações corporativas e regulatórias (inclusive da autoridade antitruste brasileira), ao cumprimento das condições habituais e ao recebimento, pela Abra, da devida contraprestação correspondente.

Os rumores sobre uma fusão das duas empresas ganharam força há cerca de um ano. No mês passado, o Estadão/Broadcast divulgou que o plano de reestruturação proposto pela Gol a credores, apresentado em 10 de dezembro na Corte de Falências de Nova York, entre as suas 316 páginas, fala da possível fusão da Abra, a holding da companhia, com a Azul. Outra possibilidade seria a criação de uma joint venture entre as duas companhias ou algum outro tipo de combinação estratégica.

Estadão
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