Baby Zoomer: a geração que nunca precisou ir até o escritório
Mentora de carreira comenta sobre geração contratada durante a pandemia.
Acordar cedo, se vestir de maneira social, ir para o trabalho e estar rodeado de pessoas com as quais compartilha ideias e experiências. Essa era a rotina tradicionalmente conhecida pelos trabalhadores antes da pandemia do Covid-19 chegar e modificá-la.
Baby Zoomer é um termo que se refere à geração que começou a trabalhar nos últimos dois anos e nem chegaram a conhecer seu escritório. Desde que foram contratadas, trabalham exclusivamente de forma remota.
“Essas pessoas não passaram pela experiência de conhecer pessoalmente seus colegas. Muitos continuam trabalhando nesse formato até hoje", comenta Valesca Chagas, mentora de carreira.
O mais interessante é que o termo é uma alusão à plataforma Zoom que, apesar de existirem outras soluções para reuniões virtuais, ela foi a que mais ganhou relevância no início da pandemia. A maior parte das profissões, tirando os trabalhadores em serviços considerados essenciais, foi obrigada a utilizar a plataforma para poder trabalhar através de vídeo chamada.
Esse formato é benéfico para o colaborador?
Há controvérsias. Se você é uma pessoa que consegue se desligar do trabalho assim que o relógio bate às 18h, talvez para você esse modelo seja benéfico. "Muitas pessoas começaram a ter dificuldades em se desvincular do trabalho nos horários que deveriam ser de descanso. Como o trabalho estava literalmente dentro de casa, ficou mais complicado estabelecer limites. Quem nunca utilizou o intervalo que deveria ser de almoço, para fazer alguma reunião? Ou então, quem não aproveitou a noite, quando as mensagens de trabalho cessavam?”, indaga ela.
Em contrapartida, como muitos sabem, socializar é uma atitude importante. Em geral, as pessoas gostam dessa convivência no dia a dia, e têm sentido falta. É um desafio para as empresas estabelecer o modelo híbrido, de forma que atenda os funcionários e as necessidades da organização. É preciso ter um bom plano de comunicação, para que todos saibam os objetivos e planos de trabalho.
Essa nova geração trouxe a possibilidade de poder trabalhar de onde quiser. “Manter-se na cidade ou país que gosta sem necessariamente precisar estar no mesmo local da empresa, traz uma liberdade geográfica que é algo que a maioria de nós não conseguiu ter quando iniciou no mercado de trabalho. E, para quem preza essa liberdade, essa é uma ótima realidade”, afirma a mentora.
Mas, como estão as pessoas que ingressaram no mercado de trabalho nos dois últimos anos? A própria Valesca Chagas comenta.
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