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Baixa no varejo lança sombra sobre crescimento dos EUA

Vendas correspondem a um terço dos gastos dos consumidores: 1,5% em março

13 mai 2014 - 12h48
(atualizado às 12h56)
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<p>Vendas no varejo subiram 0,1% no mês passado, contidas por quedas nas vendas de móveis, eletrônicos e eletrodomésticos, restaurantes e bares e varejistas online</p>
Vendas no varejo subiram 0,1% no mês passado, contidas por quedas nas vendas de móveis, eletrônicos e eletrodomésticos, restaurantes e bares e varejistas online
Foto: Mike Blake / Reuters

As vendas no varejo nos Estados Unidos tiveram apenas ligeiro crescimento, moderando as esperanças de uma forte aceleração do crescimento econômico no segundo trimestre.

O departamento do comércio informou nesta terça-feira que as vendas no varejo subiram 0,1% no mês passado, contidas por quedas nas vendas de móveis, eletrônicos e eletrodomésticos, restaurantes e bares e varejistas online.

As vendas no varejo, que correspondem a um terço dos gastos dos consumidores, subiram 1,5% em março em números revisados. Este foi o maior aumento desde março de 2010 e refletiu uma demanda represada após inverno particularmente severo. Economistas consultados pela Reuters haviam projetado que as vendas cresceriam 0,4% no mês passado após o salto publicado anteriormente de 1,2% em março.

O chamado núcleo das vendas, que elimina automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentos, e corresponde de forma mais próxima ao componente de gastos dos consumidores do Produto Interno Bruto, caiu 0,1% em abril.

"Realmente tivemos um março espetacular. Agora estamos tendo uma ressaca em abril. A realidade da economia é decente mas não ótima. Algumas pessoas extrapolaram demais os números de março", disse Guy Berger, economista do RBS. Dados como emprego e pesquisas sobre indústria e serviços sugeriram que a economia retomou força no começo do segundo trimestre. O crescimento ficou limitado a uma taxa anual de 0,1% no primeiro trimestre, devido ao clima ruim e ao ritmo lento de reestocagem pelas empresas.

Entretanto, o dado sobre o Produto Interno Bruto deve ser revisado para mostrar contração. Um segundo relatório do departamento do comércio mostrou que os estoques empresariais aumentaram 0,4% em março. Mas os estoques varejistas, que excluem automóveis e entram no cálculo do PIB, tiveram alta de apenas 0,1%.

O governo assumiu um grande aumento desses estoques quando fez sua estimativa preliminar do PIB no mês passado. Dados de comércio, gastos de construção e estoques industriais, que o governo não tinha para a estimativa do PIB, também sugerem revisões para baixo. Em um relatório separado, o departamento do trabalho informou que os preços de importados caíram 0,4% no mês passado após subirem 0,4% em março. Economistas esperavam alta de 0,3%.

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