Script = https://s1.trrsf.com/update-1736967909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Banco Central anuncia 1ª intervenção no dólar em 2025, com dois leilões para segunda-feira

Operações podem movimentar até US$ 2 bi; nesta sexta-feira, ministro Fernando Haddad afirmou que 'não compraria dólar acima de R$ 5,70'

17 jan 2025 - 20h08
(atualizado às 20h13)
Compartilhar
Exibir comentários

BRASÍLIA - O Banco Central anunciou a realização de dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, os chamados "leilões de linha", nesta segunda-feira, 20. Cada operação terá limite de US$ 1 bilhão, totalizando US$ 2 bilhões.

Os leilões representam a primeira intervenção da autoridade monetária no mercado de câmbio em 2025 e também a primeira em meses de janeiro desde 2023, quando o BC também realizou dois "leilões de linha". O Banco Central injeta novos recursos no mercado quando considera que há alguma disfuncionalidade nas negociações, o que ajuda a frear a disparada de preços.

Nesta sexta-feira, o dólar fechou cotado a R$ 6,06, em alta de 0,2%. Em 2024, a moeda americana teve uma valorização de 27% ante o real.

Na segunda-feira, os leilões serão na modalidade pós-fixado Selic. O leilão "A" acontecerá de 10h20 às 10h25, e o "B", das 10h40 às 10h45. A taxa de câmbio usada para a venda de dólares será a Ptax das 10h desta segunda-feira. A venda será liquidada na quarta-feira, 22. A liquidação das operações de recompra do BC ocorrerá no dia 4 de novembro, no caso do leilão "A", e em 2 de dezembro, no caso do leilão "B".

Escalada

Em dezembro, a autoridade monetária injetou US$ 32,575 bilhões no mercado de câmbio por meio de leilões à vista de dólares e leilões de linha, em meio à forte saída de dólares do País.

O dólar vem escalando desde o anúncio do pacote de contenção de gastos do governo Lula, no final de novembro, considerado pelos analistas como insuficiente para o reequilíbrio das contas públicas.

Além disso, o mercado se frustrou com o anúncio conjunto do aumento da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil — medida que vai na contramão do propósito do pacote, uma vez que gera perda de receita. Isso fez o dólar sair de R$ 5,81 para R$ 6,11 em 48 horas, como mostrou o Estadão.

'Não compraria dólar acima de R$ 5,70', diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira não saber em qual o patamar o dólar vai estacionar em virtude de uma série de variáveis, inclusive externas. Ele afirmou, porém, que não compraria dólar com precificação acima de R$ 5,70.

"Se eu dissesse que hoje eu compraria dólar a R$ 6, não, eu não compraria acima de R$ 5,70. Na minha opinião, qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro para os fundamentos da economia brasileira", afirmou em entrevista à CNN Brasil, ponderando que não faria recomendação de compra e venda por não ter o papel de consultor.

"Eu acompanho no dia a dia, as moedas no mundo, olhar para o fundamentos e arriscar palpite, mas não sei onde ele vai estacionar, em virtude de série de variáveis, parte das quais depende do doméstico e parte das quais não depende", disse o ministro.

"Ontem, ele deu uma lambida, bateu em R$ 5,99. Eu não sei porque o câmbio não é fixo, e o patamar que se estabiliza depende de variáveis que não controlamos, como juros externos e condições geopolíticas", respondeu.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade