Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Banco Central mantém taxa Selic em 10,50% ao ano

Decisão foi divulgada pelo Copom na tarde desta quarta-feira, 19

19 jun 2024 - 18h37
(atualizado às 20h02)
Compartilhar
Exibir comentários
Sede do Banco Central em Brasília.
Sede do Banco Central em Brasília.
Foto: Reuters

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu encerrar o ciclo de cortes de juros e manter a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, em 10,50% ao ano. O anúncio foi feito no final da tarde desta quarta-feira, 19, após reunião do colegiado. Conforme o comunicado, a decisão foi unânime.

"Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 10,50% a.a. e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", pontuou o Copom em nota.

"A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária", acrescenta.

Especialistas ouvidos mais cedo pelo Terra apostaram na manutenção da Selic. A avaliação do mercado estava bem consolidada em relação à manutenção dos juros, com algumas dúvidas apenas sobre como seriam os votos dos diretores e se haveria alguma divisão. Nesse caso, é importante que haja uma coesão entre os votos, afim de que a decisão seja menos passível de ser questionada.

"O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela. Ressalta, ademais, que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê se manterá vigilante e relembra, como usual, que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta", destacou ainda o Copom na nota.

O que é a Selic

A Selic é a referência para todas as taxas de juros do mercado brasileiro, definida pelo Copom, composto pelo presidente e diretores do Banco Central. Ela é o principal instrumento de política monetária utilizada para controlar a inflação.

Quando os juros sobem, os financiamentos, empréstimos e pagamentos com cartão se tornam mais caros, o que desencoraja o consumo e, por consequência, estimula a queda na inflação. Por outro lado, se a inflação está baixa e o BC reduz os juros, isso torna os empréstimos mais baratos e incentiva o consumo.

Como a Selic é definida 

O Banco Central avalia as condições da inflação, da atividade econômica, das contas públicas e o cenário externo para definir o que fazer com a Selic, sempre com o objetivo de manter a inflação dentro da meta.

Essa é uma prática comum em governos e autoridades monetárias. O Federal Reserve (Fed) define os juros básicos da economia americana e o Banco Central Europeu faz o mesmo com os juros dos países da zona do euro.

Meta de inflação

O objetivo do Copom é manter a inflação brasileira dentro da chamada meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina a meta de três anos à frente, visando uma inflação previsível, estável e baixa, que possa ajudar a economia brasileira a crescer.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade