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Banco Mundial alerta que tarifas dos EUA podem reduzir perspectiva de crescimento global

16 jan 2025 - 15h18
(atualizado às 16h07)
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O Banco Mundial alertou, nesta quinta-feira, que tarifas generalizadas de 10% impostas pelos Estados Unidos podem reduzir em 0,3 ponto percentual o já fraco crescimento econômico global de 2,7% em 2025, caso parceiros comerciais dos EUA retaliarem com suas próprias tarifas.

Essas tarifas, prometidas pelo presidente eleito norte-americano, Donald Trump, podem reduzir o crescimento dos EUA -- previsto para atingir 2,3% em 2025 -- em 0,9% se medidas retaliatórias forem impostas, disse o banco, citando simulações econômicas. No entanto, o banco observou que o crescimento dos EUA também pode aumentar em 0,4 ponto percentual em 2026 se cortes de impostos norte-americanos forem prorrogados, com apenas pequenas repercussões globais.

Trump, que assume o cargo na segunda-feira, propôs uma tarifa de 10% sobre as importações globais, uma taxa de 25% sobre as importações do Canadá e do México até que eles reprimam drogas e imigrantes que cruzam as fronteiras para os EUA e uma tarifa de 60% sobre os produtos chineses.

O último relatório Perspectiva Econômica Global do Banco Mundial, publicado duas vezes por ano, previu um crescimento econômico global estável de 2,7% em 2025 e 2026, o mesmo que em 2024, e alertou que as economias em desenvolvimento agora enfrentam a perspectiva de crescimento de longo prazo mais fraca desde 2000.

O banco multilateral de desenvolvimento disse que o investimento estrangeiro direto nas economias em desenvolvimento está agora em cerca de metade do nível observado no início dos anos 2000 e que as restrições ao comércio global são cinco vezes maiores do que a média de 2010 a 2019.

Segundo o banco, o crescimento nos países em desenvolvimento deve chegar a 4% em 2025 e 2026, bem abaixo das estimativas pré-pandêmicas, devido aos altos encargos da dívida, investimentos fracos e crescimento lento da produtividade, juntamente com custos crescentes das mudanças climáticas.

"Os próximos 25 anos serão mais difíceis para as economias em desenvolvimento do que os últimos 25 anos", disse o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gil, em um comunicado, pedindo aos países que adotem reformas internas para incentivar o investimento e aprofundar as relações comerciais.

O crescimento econômico nos países em desenvolvimento caiu de quase 6% na década de 2000 para 5,1% na década de 2010 e está em média em torno de 3,5% na década de 2020, disse o banco.

Segundo o banco, o hiato entre os países ricos e pobres também está aumentando, com taxas médias de crescimento per capita nos países em desenvolvimento, excluindo a China e a Índia, em média 0,50 ponto percentual abaixo das taxas das economias ricas desde 2014.

"Nos próximos dois anos, as economias em desenvolvimento poderão enfrentar sérios ventos contrários", disse o relatório do Banco Mundial.

"A alta incerteza política global pode minar a confiança dos investidores e restringir os fluxos de financiamento. O aumento das tensões comerciais pode reduzir o crescimento global. A inflação persistente pode atrasar os cortes esperados nos juros."

O Banco Mundial disse que viu mais riscos de queda para a economia global, citando um aumento nas medidas de distorção do comércio implementadas principalmente pelas economias avançadas e a incerteza sobre políticas futuras que estavam prejudicando o investimento e o crescimento.

A expectativa é de que o comércio global de bens e serviços, que se expandiu 2,7% em 2024, atinja uma média de cerca de 3,1% em 2025 a 2026, mas permaneça abaixo das médias pré-pandêmicas.

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