Banco privado suíço Pictet é alvo de investigação ligada à Petrobras
Escritórios do banco privado suíço Pictet foram alvo de busca e apreensão em meados de março, devido a uma conexão com investigação criminal sobre negociações com a Petrobras, confirmou a instituição bancária nesta quarta-feira após informações publicadas na mídia.
"A OAG (sigla em inglês para Procuradoria Geral da República) confirma que em meados de março realizou busca em uma instituição bancária em Genebra. Essa busca ocorreu no âmbito de um processo criminal em andamento, vinculado ao complexo de investigações da Petrobras, que foi aberto em dezembro de 2021", disseram procuradores federais em comunicado por e-mail.
O jornal suíço Le Temps informou mais cedo sobre a operação.
Um porta-voz do Pictet confirmou que era o banco em questão.
"Para o Pictet, esta investigação está relacionada a questões que ocorreram principalmente há mais de uma década e já em 2005", disse o banco em um comunicado por e-mail.
Os procuradores suíços trabalham há anos para identificar ativos e apresentar processos em relação a um amplo caso de corrupção internacional ligado à petrolífera estatal brasileira Petrobras.
A chamada Operação Lava Jato começou em 2014 com a prisão de um cambista de moedas e se transformou no maior escândalo de corrupção de todos os tempos no Brasil, envolvendo principalmente contratos da Petrobras nos quais cerca de 200 empresários, funcionários e políticos foram condenados.
Em outubro, a Petrobras disse que pagou mais de 850 milhões de dólares às autoridades dos EUA como parte de um acordo sobre uma investigação de corrupção relativa ao caso.
Outros bancos, incluindo o JPMorgan, o Banco do Brasil e o Banque Cramer & Cie, com sede em Genebra, entraram na mira de investigações internacionais relacionadas.