Bancos cortam 3,2 mil empregos até agosto, aponta pesquisa
Maiores reduções ocorreram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais
Os bancos foram responsáveis por um corte de 3.204 postos de trabalho de janeiro a agosto deste ano, segundo dados da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgada nesta sexta-feira.
As maiores reduções ocorreram em São Paulo (1.246), Rio Grande do Sul (648), Rio de Janeiro (527) e Minas Gerais (517). Os resultados positivos ficaram com o Estado do Pará com 258 novas vagas, de acordo com o levantamento.
![<p>"Mas o que interessa é o saldo geral, que [indica que] o emprego continua aumentando e o nosso desemprego continua sendo um dos menores do mundo, disse Guido Mantega</p> Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil](https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/201/101/smart/images.terra.com/2013/12/18/dfguidomantegasorriairbagabsagbrasil.JPG)
"Apesar dos lucros gigantescos, os bancos brasileiros, principalmente os privados, seguem eliminando postos de trabalho, a exemplo do ano passado, o que é injustificável para um setor em que somente o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC lucraram R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, ostentando os maiores índices de rentabilidade do sistema financeiro internacional", critica o presidente da entidade sindical, Carlos Cordeiro.
A rotatividade no segmento também teve alta no período. As instituições contrataram 23.332 funcionários e demitiram 26.526. Já o salário médio dos admitidos pelos bancos nos primeiros oito meses do ano foi de R$ 3.299,80 contra um salário médio de R$ 5.240,00 dos contratados anteriormente, apontou o estudo.
