Bancos da União Europeia sofrerão ação contra lavagem de dinheiro após casos de Malta e Letônia
Bancos da União Europeia enfrentarão uma operação contra lavagem de dinheiro até o fim do ano, após alegações de irregularidades em dois bancos na Letônia e em Malta, disseram autoridades.
O colapso do ABLV da Letônia e o congelamento de operações no banco de Pilatus, em Malta, expôs falhas em revisões recentes de regras anti-lavagem de dinheiro, que a UE tem agora 28 membros tentando resolver.
Ambos os bancos estão no centro de alegações de lavagem de dinheiro por parte das autoridades norte-americanas, que o chefe da zona do euro supervisão bancária, Daniele Nouy, disse que revelou uma "muito embaraçosa" fraqueza na supervisão europeia.
"Há consenso sobre a importância de melhorar o monitoramento atual da implementação de medidas anti-lavagem de dinheiro", afirmou Mario Centeno, chefe do Eurogrupo de Ministros das Finanças da zona do euro, em carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, antes de uma cúpula na sexta-feira.
Ele disse que um relatório sobre o fortalecimento da supervisão será preparado em julho, abrindo o caminho para "novas medidas até o final de 2018".
Normas de combate ao branqueamento de capitais recentemente adotadas, previstas para entrar em vigor até 2020, prevê a criação em todos os países da UE de registros bancários centralizados para coletar dados financeiros.
Mas a cooperação entre as forças nacionais para combater as a criminalidade ainda é fraca e impediu medidas de aplicação, mesmo nos casos em que houve suspeita grave de irregularidade.
A Letônia está investigando se seus bancos atuaram como condutores para fundos russos usados para interferir em eleições e política em outro lugar, a Reuters informou exclusivamente no mês passado.
Alguns países expressaram interesse de estabelecer um novo órgão para combate a lavagem de dinheiro, enquanto outros querem dar mais poder a um dos reguladores da UE atuais, como a EBA.