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Bancos suíços podem ter multas ainda maiores nos EUA

Bancos do país alpino foram surpreendidos na semana passada após o Credit Suisse concordar em se declarar culpado de ajudar americanos ricos a sonegar impostos

30 mai 2014 - 14h17
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Os bancos suíços sob investigação por supostamente facilitar evasão fiscal nos Estados Unidos enfrentam a perspectiva de multas maiores do que se esperava que poderiam atingir seus níveis de capital e forçar alguns a cortar dividendos.

Bancos do país alpino foram surpreendidos na semana passada após o Credit Suisse concordar em se declarar culpado de ajudar americanos ricos a sonegar impostos e pagar uma multa de US$ 2,6 bilhões, mais que o dobro da quantia reservada para o assunto. Treze outros bancos passaram a calcular possível colapso ou penas mais duras do que esperado após a investigação de três anos do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ).

O tamanho exato de suas operações nos Estados Unidos não é conhecido publicamente e alguns são claramente muito menores do que outros, o que inviabiliza usar a multa do Credit Suisse como indicador para os outros envolvidos no caso.

Mas o resultado incerto da investigação e a falta de detalhes sobre como a pena do Credit Suisse foi calculada deixou os analistas com pouca opção a não ser ampliar suas estimativas mais pessimistas para multas futuras.

Os bancos têm níveis de capital bem acima dos mínimos regulamentares, mas esses índices cairiam entre 0,3 e 2,6 pontos percentuais, caso paguem multas maiores do que os US$ 200 milhões provisionados, sugerem cálculos da Reuters.

Nem todos os nomes dos bancos sendo investigados foram divulgados, mas incluem Julius Baer, Basler Kantonalbank, Zuercher Kantonalbank (ZKB) e os braços suíças do Lichtenstein e do HSBC.

O Wegelin, mais antigo banco privado suíço, disse em janeiro de 2013 que fecharia suas portas permanentemente após mais de 250 anos, em meio a uma confissão de culpa de ajudar americanos ricos a sonegar impostos através de contas secretas. O Frey & Co disse que vai fechar em outubro, citando "custos insustentáveis" decorrentes da disputa evasão fiscal com os EUA.

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