BB e Caixa recuam e decidem ficar na Febraban
Posicionamento ocorre na esteira de um mal-estar com o conteúdo de um manifesto pedindo harmonia entre os Poderes
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil decidiram permanecer na Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), segundo apurou o Estadão/Broadcast. Para o comando das instituições oficiais, a solução encontrada pela associação dos bancos agradou as duas partes.
"Após negociações respeitosas entre os membros da Febraban ocorridas nesta semana, e reconhecendo o esforço empreendido por todos na busca pelo diálogo e por soluções mediadas, como é tradição na Febraban, o Banco do Brasil esclarece que não tem intenção de se desassociar da Federação", diz trecho da nota.
O anúncio acontece após a Febraban ter reafirmado na noite da véspera seu apoio ao manifesto, respeitando posições contrárias do BB e da Caixa e se distanciando de movimento liderado pela Fiesp, das indústrias de São Paulo.
O manifesto, também subscrito por outras entidades setoriais, pedia harmonia entre os Poderes, e desagradou o presidente Jair Bolsonaro, que tem tido embates frequentes com membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com isso, os bancos controlados pelo governo federal tinham ameaçado deixar a Febraban.
"O BB também acredita que o episódio poderá, ao final, contribuir para reforçar mecanismos internos na Federação que favoreçam o diálogo e reforcem o papel da Febraban como importante agente de desenvolvimento do país", diz a nota do BB subscrita por seu presidente-executivo, Fausto Ribeiro.
A Caixa ainda não se posicionou oficialmente.
* Com informações do Estadão Conteúdo