BB fecha 2021 com lucro de R$ 21 bilhões, um recorde histórico
Resultado cresceu mais de 50% em relação ao ano passado e superou a marca histórica anterior, registrada em 2019; balanço também veio acima das projeções de analistas
O Banco do Brasil fechou 2021 com lucro recorde, ao obter ganhos de R$ 21 bilhões, com alta de 51,4% em relação ao ano anterior. O resultado do ano passado também supera a marca histórica anterior da instituição, de R$ 17,8 bilhões, registrada em 2019. O balanço surpreendeu os analistas, ficando acima da média das previsões coletadas pelo serviço Prévias Broadcast.
O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no quarto trimestre de 2021 foi de R$ 5,93 bilhões. A média das estimativas das oito casas consultadas (BTG Pactual, Bank of America, Itaú BBA, Credit Suisse, Bradesco BBI, Citi, Goldman Sachs e Inter) apontava para lucro líquido de R$ 4,9 bilhões no trimestre. O resultado do BB ficou 21,1% acima dessa estimativa. O Prévias Broadcast considera que os resultados vieram em linha com a média das projeções quando são até 5% acima ou abaixo do esperado.
A carteira de crédito do banco público foi a R$ 874,9 bilhões, avanço de 17,8% no comparativo anual. O maior crescimento veio da carteira do agronegócio, que avançou 29,4% no comparativo anual. O BB é líder no segmento. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Banco do Brasil foi de 15,8% em 2021, alta de 3,8 pontos porcentuais ante o ano anterior. O presidente do BB, Fausto Ribeiro, afirmou, em nota, que o lucro recorde do banco no ano passado aproximou sua rentabilidade dos pares privados, uma antiga cobrança do mercado. "O resultado que entregamos concilia retorno e solidez. É uma demonstração de nosso compromisso com todos os acionistas", disse.
Projeções
O BB prevê lucro entre R$ 23 e R$ 26 bilhões para o ano de 2022. Para o crédito, a estimativa do banco é de crescimento de *% a 12%, menos do que os 17% reportados no ano passado. Nos empréstimos para pessoas física, a estimativa de expansão é de 10% a 14% neste ano. Já as empresas devem ter crescimento menor, de 3% a 7%. No agronegócio, o crescimento esperado é de 10% a 14% em 2022.